segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

POR QUE TÃO POUCOS?

por Lucas Coutinho

“Verás que um filho teu não foge à luta”. Ao cantarmos esse trecho do final do hino nacional brasileiro, assumimos o compromisso de encarar as dificuldades e não fugir a luta. Todavia, esse compromisso que assumimos, mesmo inconscientemente, não vem sendo colocado em prática pelo nosso povo. Em todo Brasil algumas pessoas vem se mobilizando a ir às ruas, lutar contra corrupção e convocar a população para também ter a atitude de se mobilizar. Em algumas ocasiões, como no último feriado da proclamação da república, algumas centenas de pessoas saíram de casa em busca de um país melhor, mas ainda são muito poucos se comparados aos 190 milhões de brasileiros, sendo destes, 125 milhões de eleitores. Porque algumas centenas, já que somos milhões? 

Anualmente no dia 09 de Dezembro acontece o Dia Mundial Contra Corrupção. No Brasil esse dia ganhou o nome de “Dia do Basta”, onde os cidadãos brasileiros deveriam ir às ruas protestar. Naquele dia me dirigi ao Shopping Iguatemi (Salvador), ponto de concentração para o que poderia ser um ato de um povo que tanto sofre com esse câncer para o nosso país. Sem voz para gritar por conta de uma gripe e sem cartaz por conta do corre-corre daquele dia, fui para somar e ser mais um no meio de uma multidão. Decepção. Nas contas de um amigo que protestaria comigo, apenas 14 pessoas estavam presentes. Ok, o protesto foi no meio de um feriadão, num dia útil e em horário comercial, mas ainda assim eram muitos poucos diante do que havia visto no dia 15 de Novembro e do que já foi feito em protestos de outras causas. Ao perceber que sem voz e sem cartaz vi que não tinha como ser muito útil, e sai, em parte decepcionado pelo que esperava ver, mas por outro feliz em ver que mesmo com número reduzido, aqueles que foram fizeram a parte deles. Se algum deles é você, meus parabéns!

Pouco antes de sair, sentado conversando com meu colega, assisti um pouco do que foi feito pelos manifestantes, que a cada fez que fechava o sinal iam ao meio da pista. Numa dessas vezes que o sinal fechou, vejo um garoto, de no máximo oito anos, lavando o vidro de um carro. Na minha frente estavam causa e uma de suas muitas consequências juntas. Impressiona-me o fato de as pessoas não notarem que problemas como a baixa qualidade da educação e a corrupção, geram efeitos negativos, que como uma bola de neve, crescem desenfreadamente.

Uma outra coisa que tenho notado é que no facebook temos os melhores manifestantes do mundo. É impressionante como se reclama de tudo. Recentemente uma famosa loja de sanduiches naturais mudou os ingredientes do seu principal produto. Pronto: Formasse o maior alvoroço, por conta de um produto onde um simples boicote coletivo forçaria a empresa a voltar com o produto anterior. Esse é um exemplo mostra o quanto se reclama até de coisas fúteis. No entanto, as críticas em sua maioria vão para o governo, mas os mesmos que falam não movem uma palha para que a situação mude, e ainda votam nos mesmos.

Lógico que podemos e devemos usar a web para criticar o que achamos errado (tanto que é o que estou fazendo aqui), ela serve como um importante instrumento de mobilização, como se tem feito em todo mundo e com objetivos sendo atingidos. Aqui o máximo que conseguimos é que abaixo-assinados online sejam recebam nossas assinaturas. Mas fora da web o que fazemos? Como contribuímos para um país melhor? Falamos dos políticos, mas somos honestos em nosso dia-dia? 

Ou se muda de postura, colocando figuras que só fazem te roubar, rir da sua cara e nadar no seu dinheiro, na parede, e claro, não votando neles em 2012, ou nas próximas eleições, eles serão novamente reeleitos e continuaremos falando dos mesmos que nos roubam há tantos anos. E então, vamos continuar a fugir da luta?

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

TECNOLOGIA: UM BOMBARDEIO DE NOVIDADES E CONSUMO

por Lucas Coutinho

Mudamos a forma de nos comunicar. A cada dia tenho notado que a interação entre as pessoas está mais digital, e a cada dia, surgem novas plataformas para que essa interação, através do consumo desenfreado que vivemos, gere lucros para empresas multinacionais da área de produtos eletrônicos. As pessoas, que outrora se encontravam nas praças e lá ficavam até tarde conversando, hoje se veem via webcam, e as novas praças se chamam MSN, Skype e Faceboook.
 
Deixamos de ter contato, de abraçar os amigos ao se encontrar. Nossas gargalhadas agora se resumem a “rsrs” e as frias despedidas com toques no teclado dizendo “Abs”, transformaram meios de comunicação em nossas bocas. O simples fato de demorar cinco minutos para responder um torpedo se tornou uma grosseria. Mensagens de feliz aniversário agora chegam via redes sociais. Será que realmente estamos evoluindo?

A cada 'iProduto' lançado assistimos uma corrida de pessoas atrás desses aparelhos, caros, mas que a cada lançamento trazem gradativamente uma série de inovações tecnológicas. A cada byte ou pixel a mais, esses aparelhos ganham a mídia, nos colocando como alguém ultrapassado que necessita daqueles aparelhos. Talvez daí tenha surgido a expressão sonho de consumo, mas o fato é que trabalhamos cada vez mais, para empresas lucrarem cada vez mais, quando realizamos esses sonhos, que meses depois se tornam desatualizados, nos trazendo novos sonhos e assim por diante.

Infelizmente, a felicidade que antigamente estava nas relações humanas, nos sorriso das crianças e nas conversas com os amigos, hoje tem sido vista no ato da compra de produtos que não são básicos para sobrevivência humana. Por mais que repitam frequentemente isso nos meios de comunicação, não vejo isso tudo como uma grande evolução. “Estou apenas observando quanta coisa existe de que eu não preciso para ser feliz”.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

07 DE SETEMBRO: SOMOS INDEPENDENTES?

por Lucas Coutinho

Crescemos com a história representada pela famosa imagem abaixo onde o 'nosso herói',  Dom Pedro I, num ato de coragem e amor ao Brasil grita INDEPENDÊNCIA OU MORTE, segundo conta a história em 07/09/1822.

 Para contestar essa versão, onde é dito que o Brasil se tornou, naquela data, independente, poderia citar historiadores que dizem que não foi dessa forma que ocorreram os fatos, ou que expulsamos por completo de soldados de Portugal apenas em 02 de Julho de 1823, na independência da Bahia, que o nosso imperador era nascido em Portugal e não no Brasil, que os negros estavam naquela data longe de sua independência, dentre outros fatos. No entanto vou dar um salto de 189 anos e pensar no presente: HOJE, SOMOS INDEPENDENTES?

Sinceramente como negro, não me sinto independente ao ver um olhar desconfiado de que um negro que anda normalmente pela cidade pode ser um possível assaltante, consequência do fato de que após a abolição da escravatura fomos postos a margem da sociedade e até hoje são claras as consequências disto. Será que homossexuais sentem-se independentes ao ver notícias de agressões e mortes por conta de homofobia? E as tantas mulheres que apanham de seus maridos são independentes? As crianças que vivem nas ruas e desde cedo se iniciam no consumo e no tráfico de drogas são independentes? Ficar horas em filas, morrer em hospitais com péssimas condições, pagar CPMF(imposto da saúde) e os altos valores de plano de saúde é um status de um cidadão independente?

Será que a necessidade de realização de vestibulares com uso de cotas para estudantes de colégio públicos, por conta das péssimas condições nas mesmas em nosso país, é um sinal de que somos independentes? Aqueles que não têm acesso a educação para não terem o discernimento de notarem que estão votando em políticos corruptos, são independentes?  Os poucos parlamentares com caráter e que tentam, sem sucesso, tomar medidas para melhorar o país, mas são impedidos por interesses partidários, são independentes?

A triste realidade é que somos 'escravos assalariados', que enriquecem o bolso de uma minoria que se mantém graças à ignorância e comodismo da população, que paga muitos impostos e não tem o retorno merecido, passando a adquirir outros serviços particulares com uma qualidade um pouco melhor, mas que ainda assim não condiz com o valor pago. A grande diferença é que ao contrário dos escravos de antigamente, nós temos total capacidade de soltar a voz, ir às ruas e lutar por nossos direitos. Quando digo isso não falo em protestos isolados que temos visto com duzentas ou quinhentas pessoas, em pleno século XXI é mais que possível uma grande mobilização de todo país, assim como no movimento das diretas onde apesar de alguns dos principais grupos de comunicação do país terem ignorado o movimento, a nação inteira se uniu, foi as ruas e recuperou a democracia que novamente estamos perdendo.

segunda-feira, 21 de março de 2011

ENERGIA NUCLEAR: SOLUÇÃO OU PROBLEMA?

por Lucas Coutinho

Na última semana minha geração conheceu um problema que a gente ouvia falar, sem dar muita importância. Ouvimos dizer que antigamente aconteceram acidentes, então respondíamos: Ah, mas a tecnologia nuclear evoluiu muito! A União Soviética acabou, não teremos um novo Chernobyl. A tecnologia de fato evoluiu, mas o poder, ainda muito desconhecido, de destruição da natureza é capaz de superar até mesmo “sociedades high-tech”.

Para começar nesse vídeo bem pequeno veja o básico de como funciona uma usina nuclear



fonte: Objetivo Guarulhos 
www.youtube.com/objetivoguarulhos

Fissão dos átomos de urânio no reator, este é um sinônimo da palavra perigo. O escapamento de material radioativo, vindo das usinas, causam problemas sérios e toda tecnologia possível para evitar esse tipo de tragédia deve ser usada.

Para entender o que ocorreu no Japão, separei algumas artes muito boas que comparam o estágio normal de uma usina e como estava após o tsunami ocorrido.

Artes Criadas pelo portal G1

Com esse problema a emissão de material radioativo se espalhou por grande parte do país sendo detectado em regiões bem distantes do local da tragédia. Continuando com as explicações, que encontramos no G1, veja os prejuízos que o nosso corpo tem ao entrar em contato com e o material radioativo e relembre (ou conheça) outras tragédias nucleares que a humanidade já viu.

Aqui você já viu a principal diferença da energia nuclear: a dimensão das tragédias. Vamos conhecer algumas outras desvantagens:
Necessidade de armazenar o resíduo nuclear em locais isolados e protegidos, necessidade de isolar a central após o seu encerramento, é mais cara quando comparada às demais fontes de energia, os resíduos produzidos emitem radioatividade durante muitos anos, dificuldades no armazenamento dos resíduos (principalmente em questões de localização e segurança), pode interferir com ecossistemas(assim como muitas outras).

Finalmente vamos as vantagens: não contribui para o efeito de estufa, não polui o ar com gases como enxofre e nitrogênio, não depende da sazonalidade climática (nem das chuvas, nem dos ventos), pouco ou quase nenhum impacto sobre a biosfera, grande disponibilidade de combustível, o risco de transporte do combustível é significativamente menor quando comparado ao gás e ao óleo das termoelétricas e não necessita de armazenamento da energia produzida em baterias.

CONCLUINDO: Sabemos as vantagens e desvantagens da energia nuclear. A pergunta que a humanidade se faz é: Vale a pena utilizar essa energia? Para isso é preciso conhecer outras formas de energia como hidroelétrica, solar, eólica, biomassa, dentre muitas outras. Daí a humanidade deve avaliar a viabilidade dessas formas de energia para cada região. O que é certeza é que acidentes como o do Japão urgentemente deve deixar de acontecer.
Comentem o texto, sigam o blog e tenham uma ótima semana!

segunda-feira, 14 de março de 2011

BRASIL: E SE O JAPÃO FOSSE AQUI?

por Lucas Coutinho

E se fosse aqui? Essa é a pergunta que me tenho feito desde a última sexta quando soube da tragédia no Japão. Vivemos num pais que geologicamente é perfeito. Estamos bem no centro de uma placa tectônica, ao contrário do Japão que vive na beirada da placa asiática, que frequentemente entra em choque com a placa do pacífico, criando quase diariamente pequenos terremotos imperceptíveis e alguns outros bem menores do que os últimos, mas que podem ser percebidos, no entanto lá tudo é encarado com enorme naturalidade. Enquanto isso, aqui viver longe de terremotos e tsunamis não tem sido tão relevante afinal temos chuvas que alagam e soterram cidades e são encarados como gigantes problemas que causam centenas de mortes e grande prejuízo financeiro.

Porque lá o problema é encarado com naturalidade e aqui não?? Uma palavra nos separa: Planejamento.

PLANEJAMENTO JAPÃO:

Para começar estamos falando de um país hightech. O sofrimento causado pela devastação na segunda guerra mundial levou a uma medida: Investir em educação. Hoje eles colhem excelentes frutos dessa decisão. A partir daí se torna completamente compreensível a grande estrutura que eles têm numa tecnologia que agente quase não conhece: A tecnologia da prevenção. Lembro-me de por duas vezes, bem antes do terremoto, ter visto imagens de como o Japão é precavido contra tragédias. Na primeira eu assistia a Globo Internacional do Japão, via internet, e nos intervalos desse programa a emissora exibia, em língua portuguesa, instruções de como proceder caso acontecesse um terremoto, para que os brasileiros que lá vivem aprendessem a como agir (afinal os Japoneses já aprendem na escola). E cada um que está lá vive com kits de sobrevivência com água, remédios, comida e documentos.

Numa outra oportunidade, a cerca de um mês, vi um documentário que mostrava desde a descoberta de terremotos que acontecem com intervalo de oito em oito anos, até todo o trajeto que a água faz, rua por rua quando acontece um tsunami. Lá, em caso de emergência, as pessoas sabem para onde ir e por qual caminho seguir. Prédios são feitos com amortecedores para que os prédios tremam, mas não desabem. E mesmo com toda essa grande estrutura, a natureza raras vezes, como está, ainda consegue vencer a tecnologia, mas é feito todo o possível, ao contrário daqui.

PLANEJAMENTO BRASIL:

Pois é, aqui a chuva cai e as cidades são soterradas, tudo alaga e  temos  centenas de mortos e milhares de desabrigados. E tudo vai continuar até 2015 se políticos cumprirem suas promessas (muito raro). Daí saiu a pergunta que fiz no titulo desse texto: “BRASIL: E SE O JAPÃO FOSSE AQUI?” Se com chuva que é algo que é completamente previsível, se há plenas condições se tirar a população das áreas de risco antes da chuva, de fazer uma prevenção em não permitir a construção de casas de locais que é certo que acontecerem desabamentos de terra, será que saberíamos lidar com tufões, terremotos e tsunamis? Tenho certeza que não. Compartilho com vocês agora um vídeo do Jornal 'Bom Dia Brasil' que entrevistou o correspondente da TV Globo no Japão na semana da tragédia (desnecessária) do Rio. Assistam o comparativo de alguém que viveu dos dois lados do mundo e que pode responder melhor que ninguém: E SE O JAPÃO FOSSE AQUI?



DICA PARA QUEM FAZ VESTIBULAR EM 2011:

As provas geralmente são feitas no meio do ano, preparem-se para questões sobre placas tectônicas, energia nuclear (em breve falarei sobre isso!), energia cinética e elástica (que estão relacionadas à formação de um tsunami), tipos de onda, dentre outros assuntos que estão sendo tratados aos montes em telejornais.

CONCLUINDO:
Dinheiro nós temos, afinal não somos o país do futuro, da copa e das olimpíadas?

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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O DISCURSO DO REI, MUITO ALÉM DO OSCAR

por Lucas Coutinho

Na noite do último domingo a história de Albert Frederick Arthur George foi definitivamente consagrada para a história do cinema mundial, cito esse nome porque não falaremos da história do Rei George VI que rendeu a “O Discurso do Rei” 4 estatuetas no Oscar 2011. Falaremos de uma história que hoje graças a esse filme se tornou realmente acessível a todo o planeta.

Para qualquer pessoa que sofre de gagueira a vida já se torna um pouco mais complicada, afinal a comunicação com outras pessoas é no minimo desconfortável. Agora imagine você num lugar de um gago que cresce num ambiente de realeza, sabendo da possibilidade de um dia comandar um reino. O fato de gaguejar principalmente em situações de grande responsabilidade agrava ainda mais a situação.

Daí o fato de chamá-lo não por seu nome real e sim pelo verdadeiro, afinal a partir do momento que ele tem que correr atrás de resolver seu problema, que mesmo com a ajuda só ele pode resolver, Bertie (como ele era chamado pela família) se torna um cidadão comum que precisa correr atrás do sucesso. A diferença é que no caso dele o fracasso não traria as mesmas consequências de um cidadão comum, como ele mesmo diz se tornaria: “Rei George VI, o Gago”, e ficaria na história marcado com essa definição.


Mas não ficou, mesmo com momentos em que aparentemente ele desistiria a vida o levava a luta contra gagueira novamente. Persistiu, lutou e venceu, mas sozinho não seria nada. Quem viu o filme sabe da fundamental importância de Lionel Logue (fonoaudiólogo) e sua esposa Elizabeth (rainha-mãe). Bertie ainda precisava tomar parte do que acontecia no mundo, tendo que dividir isso como a correção da gagueira num momento crucial. Agora sim, o Rei George VI precisava de uma voz firme para transmitir a nação a notícia da entrada em uma guerra, eis o grande “Discurso do Rei”. Bertie foi vencedor não apenas no discurso, mas na segunda guerra e na vida até a morte, causada pelo estresse da guerra e por um câncer de pulmão que comprometeu sua saúde e junto a outros problemas ocasionaram sua morte.

E não há o mais o que falar, se você não viu o filme está perdendo tempo de ver uma grande lição de vida.  Quem já viu sabe a história de SUPERAÇÃO, PERSERVERANÇA e VITÓRIA de um rei que por vários momentos em sua vida teve lutas dignas de plebeus!

JÁ VIU O FILME? GOSTOU DO RESULTADO DO ORCAR? CLIQUE EM COMENTÁRIOS E DÊ SUA OPINIÃO PRO MUNDO!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

DA INTERNET PARA AS RUAS, DA DITADURA PARA A DEMOCRACIA!

por Lucas Coutinho

O texto de Hoje será dividido em dois: Primeiro uma retrospectiva dos últimos acontecimentos no mundo árabe.  Depois vamos refletir porque não fazemos como esse povo que vai a luta assim como já fizemos antigamente. Prometo que o texto será bem descontraído, afinal de certa forma o assunto já encheu a paciência, porque muitas vezes foi noticiado sem reflexão alguma. Façamos diferente:

PARTE 1 – Por enquanto você apenas lê:

Começou na Tunísia, das redes sociais surgiu a primeira das revoltas que nos últimos dias sacudiram o mundo árabe. Mas se desde 1987, Ben Ali governava a Tunísia, porque surgiu após todos esses anos uma mobilização? Esse trecho de uma reportagem da BBC BRASIL explica:

“O gesto desesperado de um jovem, no dia 17 de dezembro, deflagrou uma onda de protestos e choques entre manifestantes e a polícia.

Mohamed Bouazizi ateou fogo em si mesmo na cidade de Sidi Bouzid (centro do país) quando policiais impediram que ele vendesse vegetais em uma banca de rua sem permissão.

O ocorrido gerou uma onda de protestos contra o desemprego na região, que baseia sua economia na agricultura e é uma das mais pobres do país.”

Daí os protestos se espalharam por todo o país via redes sociais e após duas semanas o presidente caiu. Eis que surge o caso que realmente chamou a atenção do mundo, após ver o sucesso na Tunísia chegava à vez do Egito.

Talvez por ser um país com uma visibilidade maior por toda sua questão histórica o fato já chamaria um pouco mais a atenção, mas creio que o principal fator não tenha sido esse. Simplesmente milhões de egípcios foram principal praça da cidade do Cairo e ficaram lá por mais de duas semanas até após 30 anos cair o ditador Muhammad Hosni Said Mubarak.

A história dessa luta vocês já conhecem: Comunicação cortada, lideres do movimento capturados, repórteres (inclusive Brasileiros) presos achando que seriam mortos e um ditador que parecia que jamais 'largaria o osso'. Mais a pressão popular foi muito maior que a vontade de qualquer ditador.


Pronto, caiu as ditaduras na Tunísia e no Egito.  Se você é vizinho desses países e sofre com o mesmo problema pensa o que? Minha Vez! E então chegamos ao momento atual onde Argélia, Bahrein, Líbia e Irã param e vão a luta para também viver em democracia. Assim como os dois primeiros, esses países estão sofrendo e terão de superar enormes dificuldades para atingir seus objetivos. Já são centenas de mortos nesses países e um evento importantíssimo cancelado: A abertura da temporada de Fórmula 1 que atrai turistas de todo o mundo e consequentemente traz muito dinheiro consigo seria no Bahrein. Após todos esses acontecimentos chegou-se a conclusão que nas condições atuais é impossível a realização de tal evento. Prejuízo imenso? Sim, mas as vidas que estão sendo perdidas enquanto esses ditadores não abandonam os cargos são bem mais importantes antes de qualquer coisa.



PARTE 2 – Agora você me responde:
Dessa vez eu pergunto, porque não seguimos os exemplos desses povos e lutamos para melhorar nossos pais em muitos aspectos? Porque nosso povo “mantêm um amor secreto com os incompetentes” (quem leu o sobre como o Brasil é visto no exterior deve lembrar). Até percebo que existem algumas pessoas que tentam tocar para frente algumas manifestações que até chegam a acontecer, mas não colocamos o milhão de pessoas que o Egito coloca.

Então agora pergunto:

- Porque as poucas tentativas de melhorar o país que surgem na web não são acolhidas?
- Porque os programas de TV que mostram a verdadeira face da maioria de nossos políticos e criticam suas atitudes tem baixa audiência?
- Será que não está na hora de esquecermos um pouco álbuns e aplicativos das redes sociais e a utilizarmos como o mundo tem utilizado e com sucesso, para o bem do país e consequentemente de nossas vidas?

Para responder basta clicar em comentários abaixo e colocar sua resposta. Para concluir coloco para vocês as capas de diferentes jornais do mundo no dia seguinte a vitória de um povo que acreditou, lutou e alcançou. Até a próxima!



segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O ADEUS DE UM MITO DA SUPERAÇÃO

por Lucas Coutinho

O dia de hoje poderia ter sido vivido em 2006, a despedida de um mito da superação. Até mesmo quando todos achavam que ele estava gordo por falta de motivação, por já ser consagrado, segundo ele, mas uma vez ele estava superando a dor causada por um tratamento que não estava sendo feito. Hoje Ronaldo revelou que sofria de hipotiroidismo há aproximadamente cinco anos e como o tratamento segundo ele não é permitido por conta de problemas com o antidoping, ele continuou mesmo com a dor, por amor ao esporte. Imaginem que em boa parte de 2009 mesmo com essa dificuldade ele desempenhou um futebol fantástico ganhando com o Corinthians de forma invicta espetacular o titulo paulista e também a Copa do Brasil.

Desde aquela convulsão na final da copa de 98 a carreira de Ronaldo foi confundida com grandes lesões e seguidas superações. A primeira grande lesão foi em 99 numa partida da Inter de Milão contra o Lecce, quando ele pisou em um buraco no campo e sofreu uma ruptura parcial no tendão patelar do joelho direito, um ano fora dos gramados. No primeiro jogo após essa lesão na final da Copa da Itália em 2000, Ronaldo ao arrancar e tentar se livrar dos marcadores, absolutamente sozinho, sofre ruptura total do tendão patelar, do mesmo joelho direito. Volta pouco antes da Copa do Mundo de 2002, e mesmo desacreditado pela população vai ao mundial. Entra para história, faz o país se sagrar penta campeão mundial, sendo artilheiro daquela copa com oito gols.  

Então segue sua carreira normalmente até 2006, ano em que descobre o hipotiroidismo, divulgado hoje. Vai a Copa da Alemanha, onde apesar da eliminação nas quartas, ele entra para história como o maior artilheiro da história das copas. A partir desse mundial começa um bombardeio de criticas. Em 2008, no Milan, têm uma nova lesão e fica ausente por mais tempo. Volta ao Brasil em 2009, onde tem um inicio de ano brilhante como já disse, mas depois novas lesões e o “Ronaldo Fenômeno” não aparece novamente. 

Fui uma das milhões de crianças que em 2002 vestiu com orgulho a nove da seleção, Ronaldo sem dúvida foi o maior ídolo de minha geração. Foi aquele, assim como Pelé nos anos 60 e 70, Zico nos 80 e Romário nos anos 90, responsável por milhões de crianças terem criado gosto por futebol. Assim como outras grandes personalidades Ronaldo entra para história não apenas por seu dom, no caso o futebol, mas por seu exemplo de garra e vontade de seguir em frente. Se nomes pudessem ser sinônimos de palavras, Ronaldo seria sinônimo de superação.

Para concluir deixo a vocês uma propaganda de 2004, mas não é um comercial qualquer, é uma propaganda Fenomenal!

Comente sobre a carreira do fenômeno, clique em comentários e deixe sua homenagem a esse mito que encerra sua carreira hoje.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O BRASIL NA VISÃO DO MUNDO

por Lucas Coutinho 



Nessa semana me surpreendi ao ver que o conceito de Brasil no mundo está mudando. O programa '60 minutes', da Tv Estadunidense CBS, veio ao Brasil entender as mudanças que o país está tendo após seu “boom econômico”.

Assista ao vídeo abaixo, a legenda está um pouco confusa, mas se você prestar atenção fica fácil entender. Pausar em alguns momentos é interessante.




Partindo do ponto de que dessa vez eles realmente souberam entender o Brasil, vamos analisar alguns pontos?

POSITIVOS:
-O mundo está atento ao que acontece aqui e reconhece nossas melhorias.
-Ainda que um pouco inseguro, o mundo já passa a acreditar na competência de nosso país.
-Caiu o conceito de que o Brasil é só Samba, Futebol e Praia.
-A queda do conceito acima ajuda a trazer investimentos ao país, gerando novas melhorias.
-Mostra que fomos os últimos a entrar na crise e os primeiros a sair.
-Deixa claro que somos um país que busca a paz.

NEGATIVOS:
-O vídeo afirma acreditar no governo e na economia do Brasil, não em nosso povo, que “mantêm um amor secreto com os incompetentes.”
-Mostra que infelizmente o povo Brasileiro continua acomodado em diversos aspectos.
-Crítica o maldito “jeitinho brasileiro”.
-Mostra como não se preocupar com o crescimento das favelas durante anos, hoje é ruim para o país.
-A partir do Eike Batista, ressalta que o país ainda precisa importar mão de obra qualificada.


Apesar das falhas, que precisamos reconhecer e consertar, é um fato que o Brasil hoje é um país muito melhor. De tudo que acredito que precisamos mudar, o principal é o fato de cobrar muito mais dos políticos, principalmente por reformas na educação. Daí creio que o resto vem junto.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

LIÇÕES DO RIO

por Lucas Coutinho


Termina janeiro e inegavelmente o fato do mês foram as chuvas do rio que levaram consigo centenas (talvez milhares) de vidas. As chuvas como todo o ano eram esperadas, certo que esse ano ela foi maior, mas porque não evitar tantas mortes?


Dessa vez eu não tenho muito que dizer, todos nós já fomos bombardeados de diversas (e várias emocionantes) reportagens sobre sobreviventes e mortos. Quero que vejam algumas coisas que foram ditas nos últimos dias e depois debatemos o tema.

LE MONDE - JORNAL FRANCÊS
"A nova tragédia, como outras no passado, ilustra a negligência criminosa de algumas autoridades eleitas. Por demagogia ou interesses eleitorais, eles deixaram que o concreto tomasse os morros, ou mesmo encorajaram a especulação imobiliária", diz o texto. O Le Monde cita a falta de capacidade para a realização de previsões meteorológicas precisas e a inexistência de sistemas de alerta de tempestades e ocupação irregular como partes de um "inventário das muitas falhas que levaram à tragédia".
"Este foi o 37º deslizamento de terra no Brasil em menos de dez anos", informa o artigo, citando a consultora Debarati Guha-Sapir, do Centro de Pesquisas sobre a Epidemiologia de Desastres da Organização das Nações Unidas (Cred-ONU). "Imagine se o País também enfrentasse terremotos, vulcões ou furacões. O Brasil não é Bangladesh, não tem desculpas".

SÉRGIO CABRAL – GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO EM ENTREVISTA A RÁDIO CBN
"A ocupação irregular e a questão ambiental têm cada vez mais como sinônimo a palavra tragédia. Foi uma situação realmente atípica, um volume de água realmente impressionante. Se tudo estivesse correto, correto, correto haveria danos materiais e perdas de vida, mas não na intensidade que nós estamos vendo".

DEFESA CIVIL - defesacivil.gov.br
Números divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que para cada dólar gasto em prevenção seriam economizados 7 dólares em ações de resposta e reconstrução. O Brasil ainda não desenvolveu amplamente a cultura da prevenção e, por isso, ainda temos ocorrências, eventos adversos, que provocam desastres e danos que poderiam ser evitados. Algumas atitudes podem ser tomadas no dia-a-dia, na rotina da nossa população, que poderiam em muito evitar, por exemplo, alagamentos e inundações provocados por ocupação de margem de rios. Muitos efeitos de desastres poderiam ser evitados ou minimizados em função das ações de prevenção. Socorro nós vamos ter que fazer sempre, de uma forma rápida e ágil, garantindo a total assistência às vítimas de um evento adverso, àquela população. Nós temos que trabalhar o ano inteiro ou na situação de normalidade. Pois, na hora que os eventos adversos ocorrerem, seus impactos provavelmente serão reduzidos.


G1 – PORTAL DE NOTÍCIAS – 17/01/2011
Ministros anunciam novo sistema de monitoramento e alerta de desastres

Presidente Dilma se reuniu com cinco ministros nesta segunda (17).

Sistema deverá estar concluído somente em 2015.


JORNAL CORREIO - SALVADOR 24/01/2011



Agora vamos comentar as informações acima:

Le Monde:
Corretíssimos, o Brasil tem totais condições de proteger seu povo, ações como a feita na cidade de Areal(RJ) onde um simples carro de som avisou que a água iria subir e alagar a cidade é o mínimo que se pode fazer, e ações como está evitariam essas centenas de mortes.

Sérgio Cabral, Gov. RJ: A partir do que o governador disse faço três questionamentos:
1º Já que a ocupação era irregular, porque estava lá? Esperando a chuva levar? Quem construiu tá errado, mas quem não tirou também está.
2º Já que a ocupação irregular existia, porque não se alertou as pessoas que estavam ali para que saíssem vivas antes da tragédia.
3º Vão deixar construir lá novamente?

Defesa Civil:
Sabiam que essa nota retirada do site da defesa civil é de 18/11/2009? Lá estava “Números divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que para cada dólar gasto em prevenção seriam economizados 7 dólares em ações de resposta e reconstrução.” O estado agora terá de pagar 7 vezes mais pelo fato não ter prevenido.

Notícia do G1 sobre o sistema de monitoramento e alerta de desastres:
Quer dizer que só vai concluir em 2015.. Será que não chove até lá?

Notícia do Jornal Correio:
Essa informação sobre Salvador se entende a todo país certamente, novas tragédias podem acontecer a qualquer momento em qualquer lugar entre o Oiapoque ao Chuí. O País da Copa e das Olimpíadas está desprotegido pelo menos até 2015, isso é: se comprirem com a palavra. Boa Sorte!

sábado, 15 de janeiro de 2011

O FUTEBOL VOLTOU, O QUE NÃO DEVE VOLTAR JUNTO?

por Lucas Coutinho

Meio de janeiro, como todo ano, nesse período termina a sede de todos os apaixonados por futebol. Começaram os campeonatos estaduais, a temporada de clássicos está aberta e a rivalidade entre as torcidas só faz aumentar. E então junto com a alegria dos gols vem a violência causada por pessoas que usam o futebol apenas como um pretexto para brigar, definir territórios e aterrorizar pessoas.

Muito provavelmente nos próximos meses continuaram os casos envolvendo principalmente as torcidas organizadas. Não sou contra elas, afinal o que seria os estádios sem elas?  Mas creio que urgentemente precisa existir uma reforma em sua estrutura. Hoje qualquer um pode comprar camisas dessas torcidas, dizer que faz parte e espalhar o terror. A mudança mais urgente seria o cadastramento de membros de organizadas. Com o cadastro essas pessoas podem ser identificadas e ficar longe de estádios. Assim apenas membros das organizadas que realmente são torcedores entrariam dando mais segurança para que famílias voltem a assistir clássicos em estádios. 

Um belo exemplo de como isso é valido foi a realização do torneio inicio do campeonato baiano. Um campeonato disputado numa tarde com todos os times do campeonato em jogos de 16 minutos, lá existiram torcedores de todos os clubes que mantinham a rivalidade apenas na gozação. Sinceramente acho que todo país deveria caminhar nesse sentido, e não de obrigar a justiça brasileira a repetir o que já foi feito na Argentina, lá no principal clássico dos pais, River x Boca, apenas a torcida do clube mandante pode ir ao estádio devido a todos os confrontos que aconteceram entre essas torcidas. Essa proposta já foi discutida no Brasil para ser feita em alguns clássicos, mas antes de uma medida drástica não seria melhor evitar esses confrontos de outra forma?

Com certa urgência precisamos melhorar também a organização e a infraestrutura envolvendo as partidas de futebol, problemas como a venda de ingressos e o sistema de transporte aos estádios são fatores que precisam melhorar em todo país, aliados a outros fatores de cada região. A questão dos ingressos, por exemplo, é vergonhosa, existem as mais variadas máfias de cambistas, desde agência de turismo até policias que simplesmente optam por nada fazer.

O torcedor de futebol brasileiro tem características próprias, não vamos aos estádios de casaco e ficamos 90 minutos sentados como na maioria da Europa, nossas torcidas são animadas e criativas (até porque o futebol é um dos poucos momentos de alegria de nosso povo), no entanto parece que muitas vezes querem impor ao torcedor brasileiro o modo de torcer europeu e não deixam o torcedor brasileiro ser o que ele realmente é. Se for para fazer mudanças, não é melhor mudar o que realmente precisa?


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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

MUROS QUE NÃO CAÍRAM

por Lucas Coutinho

09 de Novembro de 1989, nesse dia o muro mais famoso do século XX era derrubado após a Alemanha Oriental abrir suas fronteiras. Dia histórico: pessoas se reencontravam após 28 anos, conhecem uma parte desconhecida de sua própria cidade, retornam a locais marcantes e mudam aos poucos suas vidas. Imagens que para sempre iram marcar a história. Não era um simples muro, era a ausência de possibilidade de mudança de vida (principalmente para quem vivia do lado socialista). As pessoas ao derrubarem o muro derrubavam também a opressão e a tirania. Surgiram novas possibilidades para essas pessoas e ao que parece, ao longo dos anos, houve uma boa integração entre pessoas dos dois lados. Relatos contam que bares do lado ocidental no momento da queda serviam tudo de graça para pessoas do lado oriental como forma de dar boas vindas.

Só que a Alemanha é uma excessão. A cada dia surgem novos muros no mundo separando realidades diferentes. Podemos citar como exemplo a fronteira dos Estados Unidos com o México, que a todo momento tenta ser furada. O muro da Cisjordânia, que separa esse país de Israel, por conta de tantos conflitos, e os “muros da vergonha” espalhados em todo nosso pais e que dispensam apresentações, eles são um fiel retrato de nossa nação, uma enorme segregação entre ricos e pobres.

Isso sem contar com os muros virtuais. Aqueles que existem e que geralmente não vemos ou não nos damos conta de que seja um muro. Exemplos? Até mil, mas tem um que puxa quase todos. Dinheiro. Graças a ele nem todos não tem acesso a informação de qualidade (sem ser a mastigada e sensacionalista), oportunidade de emprego e qualificação, condição de ter uma alimentação de qualidade, saúde, qualidade de vida, segurança, enfim tudo aquilo que se promete em toda eleição.

O dicionário do Dr. Google tem a seguinte definição de muro: “Um muro é uma estrutura sólida utilizada para separar ou proteger qualquer recinto.” Não deixa de ser verdade, mas acho (e você provavelmente concorda) que muro não é simplesmente isso.  Criei minha definição de muro, será que você concorda? Segue:


"Um muro é uma estrutura sólida ou virtual, capaz de separar objetos, locais, vidas e classes sociais. Pode ser o que separa crianças ricas e pobres, o patrão e o empregado, a realidade e o sonho. Seu principal sinônimo é diferença de oportunidade. Alguns tentam destroçá-los, e com empenho por diversas vezes conseguem quebrar partes de muros. Porém para que esses muros caiam é preciso o empenho de muita gente, especialmente aqueles que tem o poder de mudança nada mãos. Empenho quase insistente."

Independente de que lado do muro você esteja existe algo chamado motivação, para isso não existe muro algum, se você deseja derrubar esses muros com ações simples de seu dia-dia pode contribuir para isso. 

CLIQUE EM COMENTAR E DIGA SE CONCORDA COM A DEFINIÇÃO DE MURO, DIGA A SUA OU ACRESCENTE! SIGA O BLOG! ABRAÇOS!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

POR UMA INFÂNCIA SEM RACISMO

por Lucas Coutinho

Olá tudo bem? Bom hoje antes de ler, o texto preciso que você assista o seguinte vídeo:


Ao assistirmos vídeos como esse, concordamos, mostramos para quem está ao lado e depois cai no esquecimento. Não mudamos nossas ações, nossos hábitos, que é o mínimo que podemos fazer, apesar do fato de que se cada um fizer seu mínimo evoluímos bastante.

A questão é a seguinte, se queremos que nossas crianças tenham uma infância sem racismo mesmo, é preciso entender que elas devem deixar de ver e ouvir certas coisas, ou então entender com certa clareza situações preconceituosas que já estão muito bem acomodadas em nossa sociedade.

Acredito que a mídia seja a maior forma da adaptar a população a questões preconceituosas e de forma bem sutil. A mídia é o que tem regido nossa sociedade, através dela dita-se o que a população deve ou não fazer, usar e comprar. Aqui no Brasil uma das formas que a mídia encontra mais facilidade de ditar suas tendências são as novelas (antes do muxoxo, leia até o fim), ela faz parte da cultura de nosso povo e graças à magia que se cria em torno delas, fazendo com que um ator seja um ídolo nacional, fica fácil elas aos poucos servirem de instrumento de manipulação de parte da população.

É um fato que um ator negro praticamente não tem chances de ser protagonista. A não ser quando o autor precisa que esse personagem seja negro por algum motivo. Mas não é a preferência deles. Então crescemos vendo o menino branco rico, filho da patroa, com o Adidas de R$ 500 e o filho negro da empregada usa um chinelo de má qualidade. 

O garoto vai naquele que era o principal shopping de Salvador há poucos anos e vê um piso para gente sem dinheiro no bolso, com lojas que dividem em 50.000 vezes sem juros, vê outro piso para gente com uma condição um pouco melhor e por último um piso com lojas caríssimas (a loja da patroa da novela). Vivemos uma segregação legalizada, acomodada e visível. Ou vai dizer que subir o vidro do carro para uma criança que vende doces no semáforo não é uma forma de aquele que tem uma condição melhor fugir do problema? (Pode até ser por segurança, mas que o vidro separa dois mundos separa!)

Todos sabem o que acontece se uma criança negra, desacompanhada e que não esteja bem vestida entrar num “shopping de rico” para ver nas vitrines os produtos que o menino branco da novela usa. Vá essa criança entrar numa loja de eletroeletrônicos, ,o mínimo vai ter um segurança atrás dele o tempo inteiro.

Por fim é relevante que nossas crianças (independente de classe social) entendam certas situações que a sociedade impõe e saibam que apesar de hoje o preconceito ser notório um dia ela pode ter uma função importante e começar a mudar isso. Infelizmente a mudança terá de ser em longo prazo, mas ela é possível.

Crianças refletem o que elas vêm. Se elas vêem uma sociedade racista e desigual, e não forem ensinadas sobre a situação que vivemos, elas no futuro, contribuirão para manter o mundo como ele é hoje. Daí continuará a nossa bola de neve que parece que nunca terá fim e que sempre piora. Está em nossas mãos.

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sábado, 1 de janeiro de 2011

MULHER BRASILEIRA EM PRIMEIRO LUGAR

por Lucas Coutinho



(Desenho Dilma Rousseff:  Carlos Latuff / Arte: Lucas Coutinho)


Agora sim! A letra do Benito di Paula hoje, 01º de Janeiro de 2011, pode ser cantada sem nenhum medo de ser feliz. Diversos chefes de estado, milhares de populares no local e milhões de Brasileiros na TV tem a oportunidade de ver uma mulher no comando da República Federativa do Brasil. Independente de qualquer ideologia política que seja a sua é preciso entender que por diversos pontos de vista o acontecimento de hoje é um marco na história do Brasil.

Acima vocês vêm diversas mulheres que contribuíram de alguma forma para cultura de nosso povo. É quase impossível alguém reconhecer todos esses rostos (confesso que não conhecia alguns nomes), mas fiquei feliz ao fazer essa pesquisa por ver que tantas mulheres, mesmo em períodos em que elas não tinham voz alguma, conseguiram ir além e contribuíram para a história desse pais. Dentre diversas mulheres anônimas que certamente foram fundamentais na nossa história temos: Catarina Paraguaçu, Leila Diniz, Cecília Meireles, Fernanda Montenegro, Marta, Hebe, Zuzu Angel, Maria Lenk, Luiza Mahin, Chiquinha Gonzaga, Pagu, Anita Garibaldi, Ivete Sangalo, Tarsila do Amaral, Irmã Dulce, Maria da Penha e Zilda Arns(ufa!). Essas na imagem, porque não me canso de lembrar, dentre outras, de mulheres como Joana Angélica e Maria Quitéria, que foram fundamentais na independência da Bahia. Quando sobrar um tempo, garanto que vale apena ler um pouco sobre algumas delas que talvez você não conheça.

Então você pensa qual a relação de todas essas mulheres com a posse de Dilma?? O acontecimento de hoje é o fechamento de um ciclo. Os passos que nossa sociedade deu graças à competência de mulheres como estas propicia que hoje uma mulher chegue ao parlatório e receba a faixa presidencial. Além do mais é a prova de que nossa sociedade está se modernizando e quebra valores arcaicos que não devem existir.  

Por fim, repito, independente de qualquer ideologia política, hoje devemos pensar no melhor para o Brasil, a democracia decidiu por uma mulher, por Dilma, vamos deixar ela respirar e buscar o melhor para o nosso país. Nos próximos quatro anos podemos pensar em outubro de 2014 e ver se ela será novamente opção da nação. Ao contrário dos parlamentares que se dividem em governo e oposição, nós cidadãos devemos nos unir em prol do melhor pro Brasil, afinal independente de 'bairrismo', o BRASIL é local que todos nós vivemos!

Boa Sorte para a Dilma e Estaremos Opinando! FELIZ 2011!

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