quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

POR UMA INFÂNCIA SEM RACISMO

por Lucas Coutinho

Olá tudo bem? Bom hoje antes de ler, o texto preciso que você assista o seguinte vídeo:


Ao assistirmos vídeos como esse, concordamos, mostramos para quem está ao lado e depois cai no esquecimento. Não mudamos nossas ações, nossos hábitos, que é o mínimo que podemos fazer, apesar do fato de que se cada um fizer seu mínimo evoluímos bastante.

A questão é a seguinte, se queremos que nossas crianças tenham uma infância sem racismo mesmo, é preciso entender que elas devem deixar de ver e ouvir certas coisas, ou então entender com certa clareza situações preconceituosas que já estão muito bem acomodadas em nossa sociedade.

Acredito que a mídia seja a maior forma da adaptar a população a questões preconceituosas e de forma bem sutil. A mídia é o que tem regido nossa sociedade, através dela dita-se o que a população deve ou não fazer, usar e comprar. Aqui no Brasil uma das formas que a mídia encontra mais facilidade de ditar suas tendências são as novelas (antes do muxoxo, leia até o fim), ela faz parte da cultura de nosso povo e graças à magia que se cria em torno delas, fazendo com que um ator seja um ídolo nacional, fica fácil elas aos poucos servirem de instrumento de manipulação de parte da população.

É um fato que um ator negro praticamente não tem chances de ser protagonista. A não ser quando o autor precisa que esse personagem seja negro por algum motivo. Mas não é a preferência deles. Então crescemos vendo o menino branco rico, filho da patroa, com o Adidas de R$ 500 e o filho negro da empregada usa um chinelo de má qualidade. 

O garoto vai naquele que era o principal shopping de Salvador há poucos anos e vê um piso para gente sem dinheiro no bolso, com lojas que dividem em 50.000 vezes sem juros, vê outro piso para gente com uma condição um pouco melhor e por último um piso com lojas caríssimas (a loja da patroa da novela). Vivemos uma segregação legalizada, acomodada e visível. Ou vai dizer que subir o vidro do carro para uma criança que vende doces no semáforo não é uma forma de aquele que tem uma condição melhor fugir do problema? (Pode até ser por segurança, mas que o vidro separa dois mundos separa!)

Todos sabem o que acontece se uma criança negra, desacompanhada e que não esteja bem vestida entrar num “shopping de rico” para ver nas vitrines os produtos que o menino branco da novela usa. Vá essa criança entrar numa loja de eletroeletrônicos, ,o mínimo vai ter um segurança atrás dele o tempo inteiro.

Por fim é relevante que nossas crianças (independente de classe social) entendam certas situações que a sociedade impõe e saibam que apesar de hoje o preconceito ser notório um dia ela pode ter uma função importante e começar a mudar isso. Infelizmente a mudança terá de ser em longo prazo, mas ela é possível.

Crianças refletem o que elas vêm. Se elas vêem uma sociedade racista e desigual, e não forem ensinadas sobre a situação que vivemos, elas no futuro, contribuirão para manter o mundo como ele é hoje. Daí continuará a nossa bola de neve que parece que nunca terá fim e que sempre piora. Está em nossas mãos.

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Um comentário:

Ensino Trakinas disse...

Oiiiii.... Parabens pelo seu blog, gostei muito.E esse tema ú mutio interessante pois precisamos respeitar sempre o proximo independente da raca,lingua ou cor.
E isso para a crianca tbm é muito importante, pois cada um tem suas qualidades mesmo sendo diferente. Abraço.