terça-feira, 11 de dezembro de 2012

ADEUS GÊPÊ!


Assunto é o que não falta para eu escrever o texto desta terça-feira (11). Poderia relatar que um passarinho me contou na redação que o jogador do Cruzeiro e ex-Bahia, Anselmo Ramón, participou de uma festa promovida por Ronaldinho Gaúcho numa cidade próxima a Salvador, com garotas de família. Na saída, o jogador sofreu um acidente de carro próximo à cidade de Dias D’Ávila, em que matou uma pessoa e feriu outra.

Poderia também tecer um comentário sobre a bomba de Hiroshima detonada por Marcos Valério, no depoimento dado à Procuradoria-Geral da República, no qual acusa o ex-presidente Lula de participação no esquema do mensalão. Em troca, ele pediu que a delação aliviasse sua pena, além de segurança. Segundo o careca, o PT cogitou promover um encontro entre ele e o finado PC Farias. Ou também poderia dissertar sobre a esmagadora goleada do Vitória sobre o Atlético-MG, na primeira partida da final da Copa do Brasil Sub-20.

Poderia escolher um desses temas bastante atuais, mas vou dedicar a minha coluna ao meu amigo de fé, que a vida nos separou na última sexta-feira. Farei um tributo ao Gêpê, o meu Gol Prata, o primeiro carro que amei de verdade. Eu não o via apenas como um simples meio de transporte. Ele era meu amigo, meu símbolo, minha marca registrada.

O Gêpê, jamais me deixou na mão e sempre esteve comigo em situações de pura alegria, enorme tristeza e momentos de grande deprê. Me oferecendo seu banco, seu volante, seu ar-condicionado e sua música para me fazer pensar em como ia a minha vida, a tomar grandes decisões, clarear as idéias ou simplesmente, matar o tempo.

Além disso, me ajudou me ajudou nos momentos em que correr em direção ao motel quebraria completamente o clima. Me levou o mais rápido que pode para as entrevistas de emprego, primeiros dias de trabalho novo me fazendo chegar exatamente no minuto da hora marcada.

Também levou meus amigos e eu para a única vez em fomos, nós quatro ou melhor, contando com ele, cinco, para o Vale do Capão. Viagem até hoje lembrada pelos participantes e que sempre são reforçadas as promessas de uma volta, jamais feita desde o ano de 2007.

Quando estava levando ele para o local onde seria vendido, não liguei o som e nem o ar-condicionado, apesar do calor. Baixei os vidros apenas para escutar o barulho impar do seu motor, com seus chiados característicos e que jamais serão repetidos por nenhum outro carro. Fui me despedindo dele e lembrando dos bons momentos.

A volta pra casa, já com o carro novo, a versão mais nova do Gol, lembrei dele. E confesso que não pude evitar que uma lágrima escorresse pelo meu rosto... Do mesmo jeito que outras estão escorrendo enquanto escrevo. Adeus Gêpê!




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