segunda-feira, 29 de abril de 2013

REI DO POP NO CORAÇÃO DO SAMBA REGGAE


Mesmo tendo uma história secular, importante para história do Brasil, um dos grandes momentos do Pelourinho foi num sábado de 1996. Assim como acontecia com Olodum e suas músicas, mais um protesto era gravado ali, dessa vez em forma de clipe. Todavia, o samba reggae, criado por Neguinho do Samba, abria espaço para o Rei do Pop, Michael Jackson, gravar 'They Don’t Care About Us'. A música fala sobre problemas sociais e o descaso dos governantes para com os menos favorecidos. Para a produção, o Brasil era o cenário perfeito.

Cenário em 1996, prédio do antigo Cartório do Passo,
hoje é loja repleta de artigos de Michael Jackson e
Olodum. Imagens esquerda: MJJ Productions Inc.
Foto direita: Lucas Coutinho
No dia anterior a aparição de Michael, sob direção de Spike Lee, o som do Olodum já tocava para a gravação, em frente à Fundação Casa de Jorge Amado e na Rua Gregório de Mattos, que dá acesso à sede do bloco afro.

Mas foi no sábado, num horário que não havia sido avisado previamente, que chegou a estrela da festa.  Para ele, que ficou hospedado no Campo Grande, já estava pronta toda uma estrutura, inclusive com lona colocada em casarões, para protegê-lo do sol.

No prédio onde Michael aparece da sacada, funcionava o antigo Cartório do Passo. Desativado, o espaço hoje é ocupado pelo vendedor Carlos Alberto, 50 anos, que deixa os visitantes subirem até a sacada, em compras a partir de dois reais. Especialista em “They Don’t Care About Us”, ele conta tudo com riqueza de detalhes, como por exemplo, que a mulher que driblou a policia para abraçar Michael, era uma camareira de um Hotel no Pelourinho.

Carlos Alberto mostra com orgulho 
o clipe em que Michael Jackson
usou como cenário o prédio onde
hoje está sua loja.
Sua loja é repleta de artigos de Michael Jackson e o clipe passa o tempo inteiro em sua TV, mas nem sempre foi assim. Ele conta que ao abrir a loja em dezembro de 2008, o rei do pop não tinha demanda suficiente para ser o destaque da loja. Com a morte de Michael em junho de 2009, as coisas mudaram: “Você pode nem ser fã, mas sendo do Brasil ou de fora, notando que o Michael passou aqui, que existem produtos e o clipe mostrando que ele esteve neste local, existe interesse", contou.

Para o Olodum a visita de Michael também foi épica. O grupo, que já vinha crescendo no cenário internacional após show junto com Paul Simon no Central Park(Nova York) para 750 mil pessoas, ganhou ainda mais visibilidade no mundo. E claro, os reflexos também vieram no próprio Pelourinho: Após Jackson vestir a camisa do Olodum, essa se tornou a mais vendida, superando outras com desenhos do Pelourinho e a frase ‘Lembrança da Bahia’. Não foi um sábado qualquer.

Reveja o clipe:


sexta-feira, 26 de abril de 2013

É HORA DE ASSISTIR


Gente, há duas semanas postei o texto "UM DIA DE FUTEBOL AMERICANO", lembram? Então, toda aquela vivência descrita no texto foi parte da realização da matéria que segue abaixo. Agradeço ao pessoal do Rugby do Galícia e aos meninos do Salvador All Saints pela paciência e receptividade. E as minhas amigas Daniela Cunha e Carla Franco pela parceria que tem dado certo. Claro que como estudantes ainda temos muito que aprender e melhorar no quesito fazer matérias para TV, mas a experiência foi muito válida e construtiva. Espero que gostem do resultado e aproveitem para conhecer um pouco sobre esses dois esportes ainda de pouca visibilidade em nossa terra: O RUGBY E O FUTEBOL AMERICANO!! 


quinta-feira, 25 de abril de 2013

CONSUMISMO É O DEUS DOS ÚLTIMOS SÉCULOS


Quase toda vez que eu esqueço em casa o meu fone de ouvido, um livro ou uma revista que ocupe o meu tempo nos ônibus, ouço, quase que por osmose, boas histórias ou até temas interessantes, em que eu possa, aqui no Opinião Pro Mundo, transcrever os meus sentimentos, a minha manifestação ideológica ou relatar a minha formação educacional. Fico grato ao universo literário por rotineiramente conspirar em meu favor.

Por mais uma vez não foi diferente. Voltando do estágio para casa, ouvi duas senhoras conversando sobre a crueldade do mundo capitalista em que habitamos e as tendências capitalistas que habitam em nós. Uma delas chorava copiosamente, enquanto a outra confortava. Lembro bem quando a senhora que consolava a sua amiga disse: “Não vale a pena chorar por gente que vive regida pelo consumismo, você lembra do estudo que fizemos a alguns dias baseado em Huaxi, aquela cidade chinesa em que um garotinho foi abandonado pelos pais?”.

Confesso que naquele momento não entendi nada, mas depois de chegar em casa e pesquisar na internet, descobri que o exemplo citado por aquela senhora quanto à cidade e o garotinho chineses faziam todo o sentido.

Huaxi é o exemplo típico do conceito de consumismo, a vila é a mais rica da China e o lugar onde, segundo o Governo local, é possível observar os frutos do verdadeiro desenvolvimento socioeconômico. Lá foi construído um arranha-céu de 74 andares chamado Zengdi Kongzhong, e para decorá-lo, foi encomendada a escultura de um touro feito com uma tonelada de ouro. 

Em contraste com aquele esplendor, muita desgraça, perto dali, um garotinho chamado Tha Sophat ficou famoso por conseguir sobreviver amamentando-se diretamente em uma vaca depois de ser abandonado pelos pais biológicos.




Consumismo é o ato de comprar produtos e/ou serviços sem necessidade e consciência. É compulsivo, descontrolado, cruel e principalmente injusto, além de nos influenciar mais negativamente que o permitido. O exemplo da China é o resultado característico do consumo irresponsável, ostentação fútil ao lado de miséria profunda. Os pecados consumistas fazem sentido até um certo ponto. Nos remetendo à velha Teoria Marxista, lembramos que estamos órfãos, na esperança que um senhor soberano vingue as nossas mazelas; nos salve, com urgência, da inevitável destruição e nos indique o caminho da felicidade eterna.

Precisamos desesperadamente voltar à realidade e vencer o deus dos últimos séculos, que teima em furtar muito mais do que as nossas economias. Temos que progredir em busca daquilo que de fato tenha valor e que venha contemplar a nossa existência. O consumismo é como uma rede lançada no mar, ela apanha peixes de todo tipo e quando está cheia, os pescadores a arrastam para a praia e sentam para separar os peixes: os que prestam(quem pode consumir) vai para dentro do cesto, os que não prestam (quem não pode consumir) são jogados fora. 

quarta-feira, 24 de abril de 2013

LER: PRAZER ESSENCIAL


Na fila do banco, na viagem de ônibus, na sala de espera do médico. No dia de sol, na areia da praia, na beira da piscina. No dia chuvoso, em meio às cobertas, fugindo do frio. Não importa o momento, os livros serão sempre uma boa companhia.

De acordo com matéria da revista Istoé, o brasileiro lê em média quatro livros por ano, o que representaria um livro a cada três meses. Um número baixo se compararmos à sergipana Alice Vitória, de apenas 10 anos de idade, que já leu cerca de 1500 contos infantis. 

Segundo dados da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro, o maior índice de leitura é registrado pelo público infantojuvenil, no Brasil. Essa pesquisa, realizada em 2011, ainda trouxe a conclusão decepcionante de que, de modo geral, o brasileiro está lendo menos.

É por esse motivo que datas como 18 e 23 de abril devem ser comemoradas. Criada no Brasil para homenagear o escritor Monteiro Lobato, a primeira trata-se do Dia Nacional da Literatura Infantil. A segunda, comemorada mundialmente, refere-se ao Dia Internacional do Livro.

Alice Vitória, garota já leu cerca de 1500 contos infantis.
Reprodução: Istoé
O essencial na verdade é lembrar-se sempre da importância do incentivo à leitura desde a infância. A menina Alice Vitória, por exemplo, está lançando seu livro “O Monstro de Chocolate”, primeira obra brasileira a ser editada simultaneamente em português, inglês, francês e espanhol, segundo a Istoé. Depois de ler tantos contos, chegou a vez dela de escrever sua própria história.

É interessante que o indivíduo entenda desde cedo o prazer da leitura. Quanto mais uma pessoa lê, melhor ela se expressa. Quantos mais livros, mais conhecimento. A falta de projetos de incentivo a leitura faz com que nos questionemos se o país deseja de fato aumentar o número de seus leitores, ao invés de deixá-los na ignorância em que se encontram, apenas reafirmando a vergonhosa realidade de que o brasileiro não gosta de ler.


Ainda bem que, de vez em quando nos deparamos com “Alices”, que mostram o contrário e provam que esse ainda pode ser um país que enxergue “as maravilhas” da leitura.


                                               


segunda-feira, 22 de abril de 2013

O BRASIL E UMA PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO


  
No último sábado almocei num shopping, e pouco após terminar de comer, fiquei observando ao meu redor. Por alguns instantes pensei que ali estava o ideal de um mundo perfeito: Pessoas diversas, felizes por estar com amigos ou familiares.  Naquele instante eu podia ver desde crianças com seus pais, com aquela risada ofegante após dar voltas ao redor da mesa, como também um grupo de senhoras que aproveitavam sua sobremesa e tiravam fotos, aproveitando a ida ao Shopping.

Naqueles minutos não vi desentendimentos entre motoristas e pedestres, torcedores de Bahia e Vitória, heterossexuais e homossexuais, ou ainda católicos ou pessoas do Candomblé. Todos relaxadamente se alimentavam. Comentei com minha mãe, e sabiamente ela respondeu: “É, mas aqui não tem o pobre”. Junto com o falso mundo perfeito, caiu-me a ficha: “Aqui – na praça de alimentação - tá bom porque não tem conflito”. Nos minutos seguintes lembrei-me do outro shopping, que já foi principal da cidade, mas que hoje é mais frequentado por pessoas de baixa renda, onde alguns aparentam serem aqueles que vez ou outra nos assaltam.

Foi por esse cenário de contraste, entre muitos de nós que crescemos ali, e pessoas de outra realidade que se aproximaram nos últimos anos, usando chinelo, bermuda, regata e boné de aba reta verde cana, que mudamos de shopping. Talvez não por maldade ou preconceito, e sim por instinto, estar com pessoas aparentemente mais parecidas conosco nos transmite mais segurança. Seja lá por qual motivo, não soubemos conviver com o diferente. Além dos méritos do shopping mais novo, esse é um dos motivos de seu sucesso.

Voltando para praça de alimentação, ao meio-dia do último sábado, fico imaginando: Se houvesse algum tipo de aviso que informasse as características da pessoa da mesa ao lado, qual seria a reação? Apesar da semelhança com relação ao comportamento e modo de se vestir, aceitaríamos estar próximos de alguém com opinião inversa a nossa?

Nesse cenário, penso que provavelmente os shoppings teriam de fazer alas separando as pessoas com opiniões contrarias, debates acalorados surgiriam. Vivemos numa ditadura de opiniões, cada vez mais radicais e intolerantes com as outras, que vem por todos os lados. Não cansamos de dizer que seria chato todo mundo sendo igual, mas agimos como se essa humanidade idêntica fosse uma meta.

Há exatos 513 anos o “homem branco” chegava ao litoral do que viria a ser Brasil. Tornamos-nos um povo mestiço, que parece conviver muito bem todas as suas raízes. Mas, somos um país semelhante àquela praça de alimentação, estamos muito bem sem conflitos de ideias, quando surge outra visão de mundo, acaba o que é fundamental: Respeito. Ninguém é obrigado a concordar com o pensamento alheio, mas respeito é um principio básico.

Deveríamos caminhar mais nesse sentido, mas parecemos estar voltando à imposição cultural jesuítica no Brasil Colônia. Para crescermos enquanto país falta todo mundo descer do salto alto, olhar a outra opinião não como inimiga, mas como humana. Conversar não é aceitar ou se rebaixar, é ser educado. Mais meio milênio será preciso para aprendemos isso?


sexta-feira, 19 de abril de 2013

HAPPENED IN BOSTON...


Muito triste as explosões que aconteceram durante um das Maratonas mais famosas do mundo realizada em Boston, nos Estados Unidos. Ontem conversando com minha tia que foi visitar a filha que mora lá, ela me contou como a cidade está através de fotos. Gostaria de compartilhar essas imagens com vocês, porque diante de tudo isso a ÚNICA MENSAGEM QUE DEVEMOS SEMEAR É A DA PAZ!!!

E as ruas de Boston estão assim...DESERTAS

Fotos: Sara Barata e Marilene Luna


E cobertas por solidariedade...



OBRIGADA SARA BARATA E MARILENE LUNA POR REPRESENTAREM OS BRASILEIROS NESSE GESTO DE CONFORTO AOS QUE ESTÃO SOFRENDO AS CONSEQUÊNCIAS DESSA LOUCURA!!!

PAZ, GENTE! É DISSO QUE O MUNDO, E PRINCIPALMENTE AS PESSOAS, PRECISAM!


quinta-feira, 18 de abril de 2013

DIA NACIONAL DO LIVRO INFANTIL

18 de abril é uma data especial para o calendário da nossa literatura, é o Dia Nacional do Livro Infantil e de justa homenagem a José Bento Renato Monteiro Lobato, precursor e umas das principais referências na formação do conjunto de obras literárias infanto-juvenil no Brasil. Em resumo, 18 de abril é dia de festa.  

E você sabe o que é melhor do que ouvir falar dessa tal festa? É participar dela e perceber como é encantador habitar no mundo das cores, saboreando, em cada página do livro, o admirável banquete proporcionado pela riqueza do universo de contos, gêneros, prosas, ficções, narrativas folclóricas, historietas, estórias.

Subir em um pé de feijão e bem lá no alto descobrir a exuberância desmedida de um mundo paralelo. Sonhar com as estrelas e se encantar desesperadamente com o romance entre a Lua e o Sol. Fazer do oceano um viveiro de peixes falantes, brilhantes e coloridos em busca de uma vida encantada e regada de sonhos ou até mesmo se indignar com a bruxa que tentou matar uma linda moça com uma maçã envenenada. Tudo propiciado pela magia dos livros.


Os livros exercem uma função importante na nossa sociabilização e na formação educacional, já que ratifica a missão fundamental do aprendizado, desencadeando uma ação voluntária para o desenvolvimento de pessoas críticas, participativas e edificadas, conceitualmente preparadas para construir um mundo diferente do qual discordamos.

Através da leitura regular, reagimos facilmente às mínimas impressões físicas ou morais, além de diversificarmos o vocabulário e a produção escrita, agilizamos o raciocínio lógico e aguçamos a nossa capacidade lúdica de imaginação. Isso nos torna, já na infância, mais compreensivos ao mundo que habitamos e sensíveis ao mundo que habita em nós.

Comemore o 18 de abril não apenas como o Dia Nacional do Livro Infantil ou o Dia de Monteiro Lobato, mas também como o dia que tem a diversão acima de qualquer outro propósito. Comemore como o dia que representa a possibilidade real de que os nossos heróis, improváveis e inocentes, deixem as suas glórias para viver junto de nós, e principalmente, dia que simboliza a eterna liberdade de sonhar e colorir o mundo em que os homens de “coração sem cor” choram a dor da falta de imaginação. 

Assista abaixo, uma reportagem do projeto "Lê Pra Mim", produzida por Lucas Coutinho e por mim. O projeto tem o objetivo de incentivar a leitura de livros infantis brasileiros, com atividades culturais. Esta edição contou com a participação de artistas e personalidades como o ator Erick Marmo e a escritora Mabel Veloso.


                            

quarta-feira, 17 de abril de 2013

TENTE PERTURBAR MENOS


Mal acordou e já está com raiva. De quem? Nem ela mesma sabe. Acaba sobrando para a primeira pessoa que cruzar o seu caminho. Não precisa de nenhum motivo aparente, muito menos racional, e ela já está bradando, irritada, chateada.

O dia continua. Então, de repente (não mais que de repente), um nó se forma em sua garganta. Sem que consiga evitar, as lágrimas começam a escorrer. E vem a angústia, a melancolia, as dúvidas, a tristeza.

Mas o dia não acaba. As pernas, as costas, a cabeça, tudo dói. E ela sente fome, muita fome. Em casa, esbalda-se no brigadeiro de panela. Na rua, compra todos os tabletes de chocolate que seus recursos financeiros de lhe permitem.

Em todos os meses é assim. Pelo menos uma vez por mês, as pessoas ao seu redor parecem ficar mais irritantes. Sua paciência parece não ser suficiente. O dia parece não ter fim. Os outros não a entendem, enquanto ela mesma tenta compreender o turbilhão de emoções que a fazem mudar de humor a cada fração de segundo.

O nome disso é TPM. Uma sigla que poderia muito bem significar Tente Perturbar Menos e servir de sinal para que homens se mantivessem mais afastados e pacientes durante esse determinado período. Mas, na verdade, essa sigla se refere à Tensão Pré-Menstrual, que afeta cerca de 35% das mulheres, de acordo com Mara Diegoli, médica e coordenadora do Centro de Apoio à Mulher com TPM, localizado em São Paulo.

Em entrevista publicada no site do Dr. Dráuzio Varella, a médica informa que a principal causa das alterações de humor que acontecem tão drasticamente com algumas mulheres, está relacionada à produção de serotonina, que oscila de acordo com o ciclo menstrual. É essa substância responsável pelo humor. Segundo Diegoli, quando ela está em nível alto no organismo, as pessoas ficam mais alegres, já quando esse nível cai, elas ficam de mal-humor e costumam ingerir doces para compensar.

E o motivo para que o chocolate seja o melhor amigo das mulheres nesse período, é porque existe neste doce uma substância chamada teobromina, que estimula justamente a produção de serotonina. Ao comer chocolate elas se sentem um pouco melhores e reduzem o mal estar causado pela TPM.

Por isso, homens, quando notarem que alguma mulher tem agido de forma mais estranha que o normal, com alterações bruscas de humor e extremamente sensíveis, não pensem duas vezes e lhes ofereçam um chocolate. Mas, por via das dúvidas, mesmo após a gentileza, por favor, tentem perturbar menos.

                                           

segunda-feira, 15 de abril de 2013

CHARLIE CHAPLIN - 124 ANOS DO MAIOR GÊNIO DO CINEMA

Um menino, que tinha tudo para dar errado, tornou-se um dos homens mais celebres da história da humanidade. Charles Spencer Chaplin, também conhecido como Charlie, ele ainda herdou no nome de seu maior personagem, Carlitos. Nasceu em Londres, no dia 16 de Abril de 1889, exatos quatro dias antes do abominável Adolf Hitler, que Chaplin satirizou em 1940. 

Seu pai era alcoólatra, saiu de casa e faleceu quando Chaplin ainda era garoto. Sua mãe, Hannah, foi cantora e atriz, sendo nesse universo do teatro que ele começou a se descobrir, especialmente quando sua mãe foi forçada a parar de cantar: “Foi devido às falhas da voz de minha mãe que, na idade de cinco anos, apareci pela primeira vez num palco. Mamãe em geral me levava para o teatro à noite, de preferência a deixar-me sozinho em quartos de pensão”, disse Chaplin certa vez.

Sua mãe adoeceu e foi internada em um asilo. O garoto que perambulava pelas ruas de Londres parecia ter como certo um futuro fracassado, mas o talento do palco ao substituir a mãe, não se perdeu. De pouco em pouco sua carreira cresceu, até que em 1914, participando de uma companhia de teatro que fez uma fraca apresentação nos Estados Unidos, ele teve sua grande oportunidade e permaneceu do outro lado do Atlântico. Baseado em alguns ingleses baixinhos e desajeitados, que ele conhecera durante a infância no subúrbio londrino, nascia o personagem que lhe escreveu na história: Carlitos.

Ele ia além da cena: Escrevia, dirigia e compunha à trilha sonora de seus filmes, em sua produtora, num tempo onde Hollywood ainda era artesanal. Criou uma obra faz rir, emociona e faz pensar. Chaplin escreveu a história de seu tempo na tela do cinema e traz reflexões que continuam atuais.

Nesta terça-feira, 16 de Abril de 2013, ele completaria 124 anos. Todavia, sua obra completa o presente e continuará completando a história. Suas atuações brilhantes, suas cenas clássicas, discursos, frases e biografia, motivam. Numa era de YouTube, onde especialistas dizem que após um minuto o internauta já cansou do vídeo, Chaplin consegue manter milhares de vídeos, em vários idiomas, seja a íntegra de seus filmes, vídeos de cenas memoráveis ou momentos de sua vida, com milhares e até mesmo milhões de acessos em alguns deles.

Um homem que fez um cinema divertido, que emocionou e nos fez pensar no mundo em que vivemos. Chaplin falou e ensinou muito, mesmo em silêncio durante anos. Falar da relevância dele é algo que poderia render uma série de colunas. Mas é melhor falar menos, e sim reverenciar alguns momentos marcantes de sua obra! Separei alguns de momentos marcantes de sua carreira, em fotos e vídeos e ao final disponibilizo links de filmes de Chaplin na íntegra via YouTube.

Biografia de Chaplin - GloboNews



Smile: A trilha sonora de 'Tempos Modernos', cantada com letra pela primeira vez por Nat King Cole, e sucesso na voz de Michael Jackson.


Cenas Épicas: 

Carlitos fissurado em apertar porcas, em critica a
Revolução Industrial.  (Tempos Modernos 1936)




Dança com Pãenzinhos (Em Busca do Ouro - 1925)
Satirizando Hitler e sua vontade de ser o dono
do mundo. (O Grande Ditador - 1940)
Num discurso épico, Chaplin, através do Barbeiro Judeu
que se passava por Hynkel (sátira de Hitler), prega o
desejo de ajudar o próximo, propagar a liberdade
e a lutar pela criação de um mundo melhor.
(O Grande Ditador - 1940)
O Oscar: Aos oitenta e dois anos de idade, Chaplin aceitou o convite para retornar a Los Angeles e ser homenageado na cerimônia de entrega do Oscar, prêmio merecido que lhe foi diversas vezes negado durante toda a sua carreira. Sem rancor e demonstrando emoção, ele agradeceu o prêmio. 




FILMES NA ÍNTEGRA VIA YOUTUBE:
Tempos Modernos: http://www.youtube.com/watch?v=0gY0JR6s38g
O Grande Ditador: http://www.youtube.com/watch?v=LfbTYhX6Dqs
O Circo: http://www.youtube.com/watch?v=iyd1xvlMQWA
Luzes da Cidade: http://www.youtube.com/watch?v=EH-24zIjOl4
O Garoto: http://www.youtube.com/watch?v=gERWrXMKaVE

Quem tiver interesse em outras obras no Google é fácil encontrar sua filmografia. Basta escolher um e jogar no YouTube, vários estão lá!


sexta-feira, 12 de abril de 2013

UM DIA DE FUTEBOL AMERICANO


Minha paixão por esporte não é segredo para ninguém. O amor por futebol então, nem se fala. Mas em uma reportagem para a matéria Telejornalismo na faculdade, eu e minhas parceiras Daniela Cunha e Carla Franco resolvemos inovar no quesito esporte. Isso mesmo, Rugby e Futebol Americano foi a nossa pauta da vez. Uma aventura para três garotas que nada sabiam sobre Rugby, e duas que não entendiam bulhufas de Futebol Americano (nesse quesito, Carla se salvou por ter feito uma matéria dias antes com um time do esporte, aqui em Salvador).

No meu post de hoje, falarei da minha aventura durante um dia de treino do time de Futebol Americano Salvador All Saints. Isso mesmo, existe time de Futebol Americano em Salvador. Os meninos do All Saints não são os únicos, mas como minha experiência com o esporte foi com o time deles, é sobre eles que vocês vão me ver falar ao decorrer do texto.


FOTO: Liliane Sena
Primeiro, antes de falar do contato com o esporte, vou contar como foi cobrir o treino do time do Salvador. Colocando em plano a Liliane jornalista. Veja bem, eram quase 14h de um sábado de muuuuito sol em Villas do Atlântico. E eu, já me perguntava (em voz audível): como eles vão conseguir treinar embaixo desse sol?! Ao perceber o meu questionamento, um dos meninos logo me respondeu que em situação de jogo as condições eram muito piores. Ai meu Deus, eu derreteria!!

Bom, chegado e me acomodado ao lugar de treino e já apresentada ao jogador conhecido da minha colega Carla, o Vitor, fui me ambientando para começar a montagem dos equipamentos. “Eita” que foi um tal de leva a câmera pra um lado, filma aqui do outro. Até que em um certo momento pensamos, Carla e eu, que iríamos ser atingidas pela bola de formato oval e que cada vez mais se aproximava da gente, devido a nossa ousadia de querer filmar em cada canto do campo. Sei que depois o meninos riram de nós, segundo eles, nunca que a bola chegaria até o lugar que estávamos. Mas tudo bem, o nosso mico correndo e se enrroscando nos fios não foi nada!! IMAGINA!! Afinal jornalista é isso, não podemos perder um segundo se quer. Queremos a notícia de todos os ângulos.

Foi uma luta com a câmera e o tripé, mas dessa guerra saímos ilesas. Toda experiência é válida, e cada vez mais usando esses instrumentos, mais familiares eles se tornarão. No jornalismo a vivência é fundamental para a experiência e o aprendizado.

Em meio a toda essa correia de gravação, entrevistas, e olha que teve uma que foi em inglês, já que o técnico era estrangeiro, eu bem que ia tentando aprender um pouco mais sobre o esporte. E olha, ele me surpreendeu viu? Tinha uma imagem de Futebol Americano relacionada à brutalidade, violência, mas não, tudo que ocorre dentro de campo tem uma técnica, uma construção de jogadas que muitas vezes são guardadas a setes chaves em um livro que só técnico e atletas tem acesso. Nem sonhe em pedir para dar uma olhadinha, você logo será vetado.

Me encantei pela entrega e dedicação dos jogadores. Eles param os seus sábados, que poderiam ser vividos com familiares, para se entregar à uma paixão: o Futebol Americano. Eles levam o esporte a sério. Participam de competições, já foram campeões e vivem na luta de divulgar o time para atrair ainda mais apixonados para o All Saints.

FOTO: Liliane Sena
Mas, sabe o que mais aprendi nesse dia de Futebol Americano com o Salvador All Saints e meu amado jornalismo? Como jornalista, que a gente sofre, mas se diverte e aprende (risos). E acima de tudo, como aprendiz de Futebol Americano, que ao invés de julgar, devemos conhecer. Que antes de falar, devemos entender. Que ao invés de excluir, incluir. Que antes de se privar, se permitir. Ao invés de violência, técnica. Antes de pretensões finaceiras, o amor. Diante das dificuldades e lutas, a doação de cada atleta do Salvador All Saints fez de mim a mais nova fã do clube!! Jornalismo, obrigado pela oportunidade de me permitir o conhecimento. Ele nos faz pessoas melhores e cada vez menos julgadoras.

LEIAM COMO UM VERDADEIRO GRITO DE UNIÃO:
SALVADOOOORRR
ALLLL SAAIINTSSS
SALVADOOOORRR
ALLLL SAAIINTSSS


quinta-feira, 11 de abril de 2013

MEU MELHOR PRESENTE DE ANIVERSÁRIO

No dia do meu aniversário, minha prima de 8 anos me ligou, dando-me os parabéns pela data, desejou que eu fosse a pessoa mais feliz do mundo e antes de desligar disse: “Vini, muito obrigada por todas as vezes em que você me ajudou a começar a fazer os meus exercícios da escola. ”

Quando eu era bem pequeno, enquanto esperava minha mãe voltar do trabalho, eu ficava sob os cuidados de minha querida avó. Algumas vezes minha mãe colocava tangerina na minha lancheira, e como não tinha força suficiente para descascar aquela fruta com a casca muito dura, lembro bem que eu corria desesperadamente até minha avó e pedia: “Vó, está difícil, por favor, começa a descascar pra mim.” O que eu queria era que ela fizesse a primeira rasgadura na casca da tangerina, “começasse o começo”, me ajudasse a dar aquele primeiro passo, que era o mais duro e resistente, para as minhas mãos pequenas. Dali em diante, eu mesmo tirava o que sobrou da casca.

Infelizmente minha avó já se foi há um bom tempo, porém, ainda assim, vez ou outra, exaltadamente, meu pobre coração reclama da importância de ter alguém ao meu lado “começando o começo” por mim, descascando as incontáveis cascas duras que encontro na minha rotina.

Hoje em dia, minhas “tangerinas” são outras, maiores e com a casca bem mais dura do que as que minha mãe colocava na minha saudosa lancheira. Preciso “descascar”, muitas vezes sem ajuda, o contratempo para fazer o que o coração pede, a correria de ser universitário, as dificuldades do trabalho, os embaraços dos relacionamentos, problemas familiares, dificuldades financeiras, doenças, perdas, desilusões, medos e a busca infinita pela fórmula da felicidade. Nessas idas e vindas, muitas vezes a vida termina virando uma salada de frutas, as tangerinas terminam se transformando em abacaxis gigantescos ou em limões bem azedos.  

Assim que minha prima encerrou a ligação, lembrei do que minha avó - com seus ensinamentos budistas – me dizia toda vez que eu lhe pedia para descascar a tangerina: “Lembre-se sempre de ajudar as pessoas a dar o primeiro passo, assim como estou fazendo com você agora.”

Depois de tantas tangerinas, abacaxis, limões bem azedos e até pepinos descascados durante a minha trajetória, fico radiante em saber que atendi a recomendação da minha avó e pude “começar o começo” de um problema na vida de alguém. Eu acredito que você que está lendo esse texto também tem a capacidade de “começar o começo” ou até mesmo resolver todo o problema da vida de alguém. O que minha prima me disse no final daquela ligação foi o meu melhor presente de aniversário.