sexta-feira, 31 de maio de 2013

AOS 20 NASCE UMA MÃE


O ano de 2013 parecia começar no ritmo normal, igual aos de todos os anos. Até que o fim do verão, no mês de março, trouxe uma notícia que pegou todos de surpresa. A partir daquele momento ela não era mais menina, era uma mulher. Não decidia só por si, mas por dois. Não era mais Verena, era a mãe de Tiago.

Nada foi planejado, tudo foi um acaso. Mas como em um destino escrito, ele vem sendo seguido. Cada descoberta, cada desafio, um degrau vencido, um obstáculo superado. Ela teve que mudar, e que mudança. Foi preciso crescer e mostrar que mesmo não sendo no tempo planejado, ela está pronta para assumir as rédeas do caminho.

Tudo mudou, ela mudou. Já se percebe um sorriso de mãe, um olhar de mulher e um coração preparado para amar a “nova” família. Ela é jovem, o parceiro também, mas o ser a caminho vai ter o melhor preparo e aconchego que se possa imaginar.

É muito bom saber que de alguma forma faço parte dessa história. O ano de 2009 fala por si só, o início de tudo. Claro que nosso Tiaguinho “ousadia&alegria” (RISOS) poderia ter esperado um pouco mais para chegar, mas o tempo de Deus a gente não discute. E é por isso que hoje, 31 de maio de 2013, quando a mãe, noiva e mulher do ano completa 20 aninhos eu quero dedicar o meu post aqui do Opinião.

Sei que não foi e nem está sendo fácil, mas estou encantada por sua garra e força de enfrentar tudo. Amparo e amor à essa nova família nunca irá faltar. Me sinto escrevendo em nome de todos aqueles que já conheciam a história. Um beijo no coração dessa família que amo e de todos os leitores do Opinião Pro Mundo por entenderem o uso desse espaço para esse texto. Muito amor nesse final de semana pra vocês. E mais uma vez, e agora aqui pelo Blog...PARABÉNSSS, NENAAAAA!!!!


quinta-feira, 30 de maio de 2013

CORPUS CHRISTI E A SUA MENSAGEM


A expressão Corpus Christi vem do latim e significa Corpo de Cristo. É uma festividade religiosa da Igreja Católica e tem como objetivo celebrar o mistério da eucaristia (um dos sete sacramentos instituídos antes da Última Ceia), ou seja, ação de graças, consagração que contém real e substancialmente o corpo, o sangue, a alma e a divindade do Cristo Jesus sob as espécies de pão e de vinho.

O feriado de Corpus Christi é uma das festas que giram em torno da Páscoa. Só relembrando, a Páscoa é comemorada no primeiro domingo depois da lua cheia de 21 de março (data do equinócio). Para que você entenda quando é comemorada todas as festas que giram em torno da Páscoa até chegar ao feriado de Corpus Christi, fiz um resumo:

- Terça-Feira de Carnaval: 47 dias antes da Páscoa                                                                 
- Quarta-feira de Cinzas: 46 dias antes da Páscoa                                                         
- Quaresma: 40 dias antes da Páscoa                                                                                
- Domingo de Ramos: Um domingo antes da Páscoa                                                        
- Pentencostes: 50 dias depois do domingo de Páscoa                                                         
- Corpus Christi: Quinta- feira seguinte ao domingo de Pentecostes                                                

A comemoração do Corpus Christi foi decretada em 1269, século XIII, na Bélgica. No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso a partir de 1961, mas em Salvador a festa já é celebrada desde 1549, ano de fundação da cidade.

Segundo a Bíblia, Jesus foi morto em sacrifício expiatório, entregando o seu corpo e o seu sangue para que fossemos perdoados dos nossos erros. Na Cruz, o pecador é identificado com Cristo e a ele é unido.

A partir dessa celebração, eu lembro que por várias vezes na vida contrariamos ou temos o nosso sentimento contrariado por pessoas que nos rodeiam e que ratificam a razão da nossa existência (pai, mãe, irmãos, amigos e tantos outros). Magoamos ou somos magoados, contestamos ou temos a nossa dignidade contestada.

E o que geralmente fazemos? Fugimos, nem sempre do ponto de vista físico, mas do ponto de vista do coração. Evitamos a quem prejudicamos ou por quem fomos prejudicados, para que quem errou não veja no fundo dos olhos do outro um espelho retransmitindo a desilusão causada pelo verbo que o ser humano mais conjuga durante a vida: errar. É bem verdade que não podemos passar toda a vida fugindo de problemas criados ou dos desenganos da alma, inevitavelmente, por vontade própria ou contra ela, chegará um momento em que nos depararemos com o passado, e ele é impiedoso.

Corpus Christi é uma das festas móveis que lembram o sacrifício oferecido por Cristo na cruz do calvário, para que nossos erros fossem lançados no mar do esquecimento. Lembre-se sempre, independente de traços religiosos, que a reconciliação é uma chave que abre duas portas diferentes: perdoar e pedir perdão, essas são as duas atitudes mais nobres que existem.

Um erro cometido nunca poderá ser maior do que a falta que uma pessoa fará em nossa trajetória. Existem motivos infinitos que podem comprometer a saúde de uma relação e que nos indicam o caminho para que esqueçamos um coração, mas se houver um único motivo nessa relação que nos faça feliz, esse com certeza deve prevalecer. Que nesse dia relações sejam ressuscitadas. 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

O TEMPERO DO FUTEBOL ALEMÃO


Para os amantes do mundo futebolístico, este final de semana será recheado. No sábado, além das partidas que darão o pontapé inicial no Campeonato Brasileiro, terá um duelo alemão pela Liga dos Campeões. Em terras londrinas, Bayern de Munique e Borussia Dortmund entrarão em campo, no épico estádio de Wembley, às 15h45, para disputar um dos títulos mais desejados do futebol mundial.

Essa dobradinha alemã pegou de surpresa os grandões espanhóis Barcelona e Real Madrid, que foram derrotados respectivamente pelo Bayern e pelo Borussia nas semifinais, e a maioria dos torcedores que acompanham a Liga. Mas, por incrível que pareça, acho que não me surpreendi. Sabe porque? O alemão vem dando uma aula de como organizar o futebol no país. Essa decisão da Liga dos Campeões é apenas um reflexo de um trabalho que vem sendo construído ao longo dos últimos 13 anos, mais ou menos.

O futebol alemão vem em uma crescente. Eu não vou ser hipócrita ao ponto de dizer que acho o jogo dos alemães bonito, mas temos que concordar que taticamente eles são muito eficientes. E vale lembrar que nem só de dribles vive o mundo futebolístico.

Em uma conversa com um amigo ele me despertou um outro quesito importante, que fui até meio receosa em concordar. Mas a Alemanha vem contando com a sorte também. A safra de jogadores tem ajudado e muito a renovação da Seleção e dos times do país, e somado às medidas de mudanças adotadas para abrilhantar o futebol, elas tem mostrado resultados em campo. Não é atoa que nas últimas 3 Copas do Mundo a Seleção Alemã brigou pelos primeiros lugares. Em 2002, ficou com o segundo lugar, perdendo a decisão para o Brasil, e em 2006 e 2010 ocupou a terceira posição do pódio. O time do Bayern de Munique nos últimos 4 anos de Liga dos Campeões está indo para sua terceira final.

É  bom Brasil, Argentina, Espanha, Holanda, Itália... abrirem os olhos. Os sérios, por vezes frios, mas muito inteligentes e competentes alemães tem pouco a pouco, em um trabalho a longo prazo, se firmado no cenário do futebol mundial. É caros leitores, pelo visto tem gente já querendo por a mão na taça e fazer festa no Brasil em 2014.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

REPÚDIO AO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA


No dia 7 de maio de 2013, o governo brasileiro, através do ministro da saúde, Alexandre Padilha, anunciou que estudava alternativas para suprir a escassez de profissionais médicos nas regiões mais carentes do País e analisava a possibilidade de um intercâmbio, onde seriam importados médicos de Portugal, Espanha, Irã e Cuba. 

Em imediato, o Conselho Federal de Medicina (CFM) repreendeu a proposta, divulgando uma nota em repúdio ao acordo que previa a vinda de 6 mil médicos, principalmente os cubanos, e entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República contra a medida. A Instituição resiste à contratação de médicos estrangeiros e de brasileiros com diplomas de medicina obtidos fora do país sem revalidação, além de criticar qualquer informação que leve a população brasileira acreditar que a desordem alojada na saúde pública seja responsabilidade integral dos profissionais médicos.

Depois de tanta rejeição, o governo brasileiro recuou a proposta e alegou descartar a importação de médicos do Irã e de Cuba, afirmando que esses profissionais não têm o tempo de formação necessária reconhecido no seu próprio de origem. É bom ressaltar que apenas a formação em uma Instituição Educacional não garante o exercício da profissão médica, é necessária a especialização e a residência médica. Sendo assim, a prioridade do governo brasileiro serão os médicos vindos de Portugal e da Espanha. 

O principal motivo do protesto do Conselho Federal de Medicina, dos médicos de forma individual e de parte da imprensa foi uma hipotética validação imediata dos diplomas dos médicos cubanos. Eu não sou partidarista, mas a verdade tem que ser dita, desde o início desse debate, em nenhum momento isso foi declarado por qualquer membro do governo. Muito pelo contrário, o próprio ministro da saúde, Alexandre Padilha e o Itamaraty concordaram que a contratação de médicos estrangeiros deve seguir critérios de qualidade e responsabilidade profissional comprovada. O governo não proclamou que traria médicos cubanos de maneira indiscriminada para o país como tem sido noticiado. Essa é uma publicação injusta e ilícita.

Continuo questionando as críticas, porque a cobrança pela revalidação dos diplomas é apenas para os médicos de Cuba? Li por mais de um colunista, blogs e periódicos que Portugal já importa médicos cubanos desde 2009, lá, assim como aqui no Brasil, os médicos torcem o nariz quando são convocados a trabalharem nas áreas mais carentes, distantes dos centros urbanos.

Os cubanos chegaram bem estimulados ao país europeu, preencheram os requisitos básicos e foram bem avaliados nas provas aplicadas antes de ingressarem no país.

Diferente do Brasil, os portugueses aprovaram o auxílio dos cubanos, e em 2012, no final do contrato, sob apelo popular, o governo português renovou a parceria com amplo apoio, principalmente dos pacientes. Em resumo, um dos países com melhores resultados na área de saúde pública do mundo importa médicos cubanos e a população aprova o trabalho feito.

É bom lembrar que Cuba exporta médicos para mais de 70 países, o país tem eficiência comprovada na área de medicina, farmácia e biotecnologia. Os profissionais da ilha caribenha fazem medicina preventiva em massa e de qualidade.

Com recursos inferiores, a medicina de Cuba traz muito mais resultados que a nossa medicina. Eu considero muita ignorância e prepotência afirmar que os médicos cubanos não estão preparados para realizar medicina básica no Brasil. Repetindo, com muito menos recursos financeiros e tecnológicos, a medicina de lá tem índices de saúde bem melhores que a do Brasil e semelhantes a dos Estados Unidos.

Eu lamento profundamente por quem faz parte da classe média e é influenciado pelos meios de comunicação voltados para a classe alta, que até chamaram os profissionais cubanos de espiões comunistas. O Conselho Federal de Medicina prefere criticar e difamar a contratação de médicos estrangeiros do que atender, de acordo com a necessidade,  a população que clama por ajuda nos lugares mais distantes desse país.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

CHRIS HADFIELD: O TERRÁQUEO QUE NOS APRESENTOU O ESPAÇO


  
Desde quando Yuri Gagarin passeou pelo espaço em 1961, mais de 500 astronautas já ultrapassaram atmosfera terrestre. O extraordinário tornou-se tão comum que nossa atenção raramente se volta para isso, como em 2006, quando Marcos Pontes foi o primeiro brasileiro a sair da órbita terrestre. Recentemente, graças a imagens inusitadas, as atenções da terra novamente voltaram-se a Estação Espacial Internacional.

Um certo astronauta canadense, de 53 anos, já havia ido ao espaço por duas vezes, em 1995 e 2001. Após onze anos, em dezembro de 2012, ele voltou à Estação Espacial Internacional, em plena era do YouTube e das redes sociais. Durante os cinco meses em que esteve lá, ele não deixou passar essa oportunidade em branco, saciando a curiosidade de todos nós, ao mostrar como as coisas funcionam no espaço. Sejam bem vindos ao mundo ao espaço de Chris Hadfield, onde os fatos mais rotineiros para nós na terra são motivos para seus curiosos vídeos.

Separei os vídeos mais legais, no entanto eles estão em inglês. Todavia, assistindo com atenção,  não é preciso conhecer o idioma para entender o que se passa.

O simples ato de torcer um pano úmido, como funciona no espaço?


Durante cinco meses no espaço, o corpo tem que ser exercitado, mas como se a gravidade é zero?

Como dormir na Estação Espacial Internacional? É só deitar e colocar a cabeça no travesseiro?


Se der uma saudade de casa e o choro vier, o que acontece com as lágrimas?


Como lavar as mãos, se a água sobe ao invés de descer?



Chris Hadfield também aproveitou sua passagem pela Estação Espacial para cantar, e muito bem por sinal. Primeiro, em fevereiro, ele fez o primeiro dueto entre terra e espaço na história, em parceria com um coral formado por meninas. Já na sua última semana no espaço, ele fez belíssimo cover de “Space Oddity”, de David Bowie.

Dueto

“Space Oddity”, o vídeo de despedida. 

No último dia 14, Chris e outros dois astronautas chegaram em segurança a terra, após 146 dias no espaço, com o pouso através do paraquedas da cápsula especial Soyuz. Não se tornou um homem que “apenas” foi três vezes ao espaço. Acredito que tenha sido, dentre todos, o que melhor transmitiu a experiência magnífica que é estar lá fora.

CURIOSIDADE: Chris Hadfield também atuou como fotografo no espaço, tendo tirado por exemplo, a foto abaixo, de onde “um riozinho rabiscado alimenta o poderoso (rio) Amazonas”. Confira outras fotos clicando aqui.


sexta-feira, 17 de maio de 2013

JUCA KFOURI ME REPRESENTA


Isso mesmo, o jornalista Juca Kfouri me representa. Não bastava toda a minha admiração por esse cara, essa semana ele fez um vídeo que me tornou ainda mais fã de sua pessoa. Esse vídeo de Juca me tocou porque ele cutuca uma ferida minha ( e sei que de muitas outras pessoas também ), o meu time do coração que vive uma fase terrível: o Esporte Clube Bahia. 

Como sempre, Kfouri fala sem medo. Com sua forma polida e direta traduz em um belo, curto e sincero discurso a real situação do tricolor baiano. Talvez tenha gente que não entenda o que vou falar, mas só sei que essa voz “Kfouriana”, que se junta a milhares de tricolores, tem uma grande importância. Juca Kfouri é um nome de peso que reforça as reinvindicações de uma reformulação no Bahia.

Falo nome de peso porque esse homem que é corintiano, sociólogo pela Universidade de São Paulo (USP), jornalista desde 1970, que já comandou as revistas Placar e Playboy, foi colunista de O Globo, Lance! e Carta Capital, trabalhou nas tevês Globo, Cultura, RedeTV! e SBT, e atualmente é um homem multimídia, atuando como colunista na Folha de São Paulo, blogueiro no Uol, colunista na rádio CBN e apresentador e comentarista na ESPN Brasil (essas informações foram tiradas do livro do próprio Juca  “Por que não desisto – Fitebol, Dinheiro e Política”), tem bagagem para falar o que falou e representar a nação tricolor. Não sei você, mas eu me senti representada. Juca, obrigado por fazer ecoar a nossa voz. Voz de quem já não aguenta mais ver o Bahia na situação em que está.

FORA MARCELINHO GUIMARÃES E TODA A TROPA QUE FAZ O ESPORTE CLUBE BAHIA RETROCEDER. NÓS TORCEDORES MERECEMOS MAIS, O FUTEBOL BRASILEIRO MERECE MAIS!!!

Segue abaixo o vídeo de Juca Kfouri:




 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

PT - 10 ANOS DE ESPERANÇAS E DESILUSÕES


2013 é um ano especial e de comemorações para os membros, partidaristas e principalmente para a cúpula idealizadora do Partido dos Trabalhadores (PT). A segunda maior legenda política e partidária da nossa democracia, fundada no início dos anos 1980 por uma organização sindical espontânea de operários paulistas, intelectuais de esquerda e católicos ligados à Teologia da Libertação, completa 10 anos de administração a frente do Governo Federal. A reflexão das consequências dessa gestão, pontos positivos e negativos, será antes de tudo, uma avaliação legítima e ética, porém jamais simplificada.

Vivíamos economicamente desagregados das políticas públicas, com referência a inclusão social e econômica. Com a distribuição de renda menos desequilibrada, o partido da estrela vermelha teve um papel decisivo no plano econômico, aperfeiçoando programas sociais como o Bolsa Família, que beneficia, direta e indiretamente, 14 milhões de famílias inteiras, fazendo com que a maioria das pessoas das classes D e E emergissem para a classe C, projetando a construção de uma sociedade de classe média nas prioridades do país. Dilma já afirmou várias vezes que deseja fazer do Brasil um país de classe média, como a França, essa é uma ideia no mínimo racional.

O partido, terminantemente, instituiu o combate à pobreza extrema e mostrou também que a esquerda pode ter competência para governar um país com dimensões continentais, o que na prática torna viável a alternância política no país. Em geral, financiou a orientação para uma reforma política baseada na conquista de benefícios às classes sócias menos privilegiadas. Além de ter liderado parte da mudança política que indicou a todo continente sul-americano para a ideologia esquerdista, construindo uma autonomia maior frente ao imperialismo dos Estados Unidos.

Foi feito um alto investimento na educação e é preciso destacar a duplicação das vagas nos Institutos Federais de ensino superior. Houve quase que a triplicação das escolas técnicas federais e a criação de um Fundo de Desenvolvimento do Ensino Básico, o que aumentou potencialmente a qualidade da educação básica nos Estados e Municípios mais pobres do Brasil. A prova de que evoluímos, é que o país oscila entre a 5ª e a 7ª economia do Mundo, encabeçando a relação de nações que tem poder de voto e de veto quanto ao futuro social e econômico do resto do mundo.

Só que nem tudo são flores, nesses 10 anos os petistas se adaptaram ao poder, mais que o permitido. Lembro bem de quando eu ainda era 8ª série, falava com meu professor de geografia, meses depois da primeira posse do ex-presidente Lula, que ele e o partido deveriam ter discutido abertamente o que manteria da ideologia primária e onde faria licenças obrigatórias, sabido que em nosso sistema político, o partido governista não tem e nem poderia ter a maioria no Congresso. Faltou essa transparência e por isso tantos problemas éticos.

Com tantos escândalos políticos, como maior exemplo o Mensalão, onde 25 petistas e agregados partidários foram condenados por formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa, evasão de divisas e gestão fraudulenta, o PT contribuiu para que a população se desencantasse com os políticos e para a falta de discussão pública sobre a política em nosso país, o sentimento político do brasileiro se resume basicamente em ataques a quem se opõe a sua forma de pensar.

Hoje em dia, grande parte dos brasileiros fazem, em média, quatro refeições diárias. Só que esse mesmo Governo Federal destina apenas entre 30 e 40 centavos para a merenda escolar diária de cada estudante matriculado no ensino fundamental ou médio em escolas públicas. Sem contar que grande parte da população beneficiada pelos programas sociais foi mal instruída, se tornando dependente perdurável dessa ajuda de custo.

E o que dizer do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)? O problema da infraestrutura continua sendo intocado, as condições de nossas rodovias, portos e aeroportos nos derrubam para as piores colocações dos rankings mundiais de competitividade. Um país totalmente arrematado pela insegurança pública e pelo crack; a Petrobrás teve uma perda irreparável no seu valor de mercado; o desmonte das estatais e a complacência à intolerância, aos desvios éticos e ao autoritarismo.

O fato é que em uma década, o antigo partido da classe operária despertou em nós um misto de sentimentos muito bem definidos. É a esperança e a desilusão comemorando Bodas de Estanho.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

INDIGNADA


“Vocês acham que eu preciso fazer uma plástica no nariz?”. Foi com esse questionamento que o ator Frank Menezes começou seu monólogo. De acordo com o dicionário, “monólogo” é um espetáculo ou cena em que uma personagem teatral está sozinha e fala consigo mesma. Popularmente, esse termo é utilizado para referir-se a diálogos chatos e cansativos. Mas não existe nada de chato, muito menos cansativo, no monólogo de Frank.

Com roteiro de Cláudio Simões e Djaman Barbosa, além da direção do conhecido diretor teatral Fernando Guerreiro, a peça “O Indignado” é um monólogo que já foi assistido por mais de 160 mil espectadores. E muitos daqueles que já assistiram à peça, voltaram para assistir novamente, levando amigos e familiares.

Foto: Carla Franco
O motivo para tanto sucesso é, principalmente, um texto que gera identificação imediata no público. Afinal, quem é que não vive indignado com o trânsito, com os funcionários públicos, com a obsessão das pessoas pela juventude e beleza ou com o estado de conservação da cidade? Esses são apenas alguns dos temas abordados pela peça e que ganham um aspecto especial graças à interpretação indignada de Frank Menezes. “Motivo para você se indignar não falta, né?”, comentou Frank, em uma visita feita ao seu camarim.

Foto: Carla Franco
O talento de Frank é motivo de orgulho para toda a Bahia. Comemorando 30 anos de carreira, os últimos trabalhos do ator na TV foram na novela “Gabriela”, como o padre Cecílio, e na microssérie “O Canto da Sereia”, como Juarez. Ele também já atuou em peças de sucesso como “A Bofetada” e “Vixe Maria! Deus e o Diabo na Bahia”, na qual ele trabalhou junto com o diretor Fernando Guerreiro. “A gente tem um humor muito parecido. Então, como a gente queria uma linha mestra para poder improvisar em cima, foi muito fácil”, disse Frank, referindo-se ao trabalho realizado em “O Indignado”. E apesar de algumas interrupções por causa do seu trabalho na TV, ele está em cartaz com “O Indignado” desde 2008.

Essa é a última temporada da peça, que fica em cartaz, até 21 de julho, no Teatro Acbeu, Corredor da Vitória, sempre aos sábados e domingos, às 20h. Os ingressos custam entre R$40 (inteira) e R$20 (meia), e podem ser adquiridos no local.

O que me deixa indignada é que mesmo com um preço tão razoável, um texto e direção tão bons e uma interpretação espetacular, muitas pessoas ainda vão perder a última temporada dessa peça. Algumas ainda reclamarão, indignadas, dizendo que Salvador é uma cidade muito fraca no aspecto cultural e que nunca tem nada de interessante para fazer na cidade. Esse é um discurso chato e cansativo, muito diferente do monólogo indignado de Frank Menezes, que deixa o maxilar dolorido de tanto rir.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

PASSOS HISTÓRICOS DE ALEX FERGUSON


Um senhor escocês, de 72 anos, caminha pela 1499ª vez em direção ao seu local de trabalho dos últimos 27 anos. Essa aparente rotina quebra-se quando informo que este senhor é treinador de um dos principais clubes do mundo, e que pela última vez se dirigia ao banco de reservas onde marcou épocas (no plural mesmo). A tradicional caminhada mascando chiclete, nesse domingo, 12 de maio, eram os passos históricos da despedida de Alex Ferguson do Estádio do Manchester United. Antes de qualquer outra palavra, veja a cena, em imagens de ESPN.COM.BR



O Manchester United venceu o jogo por 2 a 1. Agora só resta uma partida para Alex dar um adeus definitivo, o último jogo do campeonato inglês, que coincidiu com a apresentação número 1500 de Ferguson à frente do clube. Curioso porém, é que essa história de sucesso demorou para começar. Nos seis primeiros anos como treinador, ele venceu apenas as desvalorizadas Copa da Liga Inglesa e Copa UEFA(atual Liga Europa). Em 1992 essa história começava a mudar, com o primeiro dos treze títulos conquistados por ele no campeonato inglês. Hoje, os resultados comprovam que o Manchester acertou em acreditar.


Em 1999, ano em que o Manchester United ganhou até titulo mundial, o treinador recebeu da Rainha Elizabeth II o título de “Sir”, dado a quem presta grandes serviços ao Reino Unido, assim passando a chamar-se Sir Alex Ferguson. No meio do futebol o reconhecimento veio na festa dos Melhores do Ano da FIFA 2011, onde o treinador recebeu o Prêmio Presidencial da FIFA, dado a grandes personalidades do futebol.

No entanto a homenagem que realmente lhe emocionou foi de iniciativa do próprio Manchester, que batizou a ala norte do seu estádio como "Ala Sir Alex Ferguson". Emocionado, treinador disse em entrevista ao site da FIFA:  "Fiquei muito honrado e emocionado quando vi o meu nome naquela arquibancada, durar tanto tempo no cargo parece um conto de fadas. Na profissão de técnico, as coisas mudam muito rapidamente.”

E a sobrevivência em meio as mudanças, crises e críticas que um treinador passa, tornam Ferguson um craque, não nas quatro linhas, mas ali na área técnica, com um sábio olhar sobre o futebol. Sua visão a longo prazo, paciência, visão atenta ao mercado da bola e controle nos vestiários, colocando muitos beberrões e mandões para fora, lhe tornaram um profissional diferenciado e respeitado no meio do futebol. Ele transformou o Manchester de coadjuvante na Inglaterra em uma das principais equipes do futebol mundial.

Sua trajetória foi brilhante, agora resta saber como continuará o United a partir de agora. Uma coisa é certa: Se os passos do clube seguirem os ensinamentos de seu mestre, nessa necessária reformulação, surgirão muitos atalhos na caminhada por novas conquistas.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

DIA MUNDIAL DO DOENTE COM LÚPUS



Hoje, 10 de maio, é o dia mundial do doente com lúpus. Essa data foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de alertar as pessoas de todo o mundo a respeito dessa doença. Desta forma, resolvi reservar esse meu espaço de hoje, aqui no Opinião, para ajudar nessa divulgação de informações sobre o Lúpus.
  
Seguem abaixo um vídeo do conceituadíssimo Centro Paulista De Referência Em Medicina e Saúde no Brasil, o Fleury, com uma entrevista do assessor médico em imunologia e reumatologia da unidade, Luis Eduardo Coelho Andrade, falando sobre a doença e as principais características dela. Trago também o site do Doutor Drauzio Varela falando do Lúpus. É sempre bom se informar, leiam o site e assistam ao vídeo e ajudem também a divulgar as informações sobre a doença.


Vídeo:




quinta-feira, 9 de maio de 2013

DOIS DE JULHO PODE VIRAR FERIADO NACIONAL


O 2 de julho, dia em que comemoramos a Independência da Bahia em relação ao domínio da tropa portuguesa em nosso estado, pode, a partir do próximo ano, ser oficialmente incorporado como data histórica no calendário nacional. O projeto de lei formulado pela deputada federal baiana Alice Portugal (PC do B), está previsto como regra na Câmara dos Deputados e já foi aprovado pelo Senado no dia 8 de maio de 2013, só depende agora que a presidente da república, Dilma Rousseff, aprove a escolha do Congresso.

A Independência do Brasil não se definiu com o discurso de D. Pedro I em 7 de Setembro de 1822. O Grito do Ipiranga foi, na verdade, um grito de guerra que ocorreu no Norte e Nordeste do País. As lutas no Recôncavo baiano foram as mais sangrentas e a Independência da Bahia teve um papel chave na consolidação da Independência do Brasil.

Com as pressões pela independência no sudeste do país, as tropas portuguesas retiraram-se para províncias do Norte e Nordeste, com o comando português centralizado na capital soteropolitana. Em fevereiro de 1822, chegou de Portugal uma designação para o comando das Armas na Bahia. A Câmara Municipal – administrada pelos portugueses - negou-se a dar posse aquela ordem, e a partir de então, iniciou-se o conflito armado entre portugueses e brasileiros. As batalhas iniciaram-se no Recôncavo baiano, mas a batalha decisiva foi a de Pirajá, no subúrbio de Salvador. Em 2 de julho de 1823, as tropas brasileiras entraram e venceram a batalha em Salvador.

Com base nesse momento histórico, lembro ainda que o movimento baiano teve forte participação civil, além de ter sido sangrento, ao contrário da proclamação da independência nacional, que foi basicamente pacífico. Caso os portugueses vencessem na Bahia, haveria um avanço para a reconquista do restante do País, ou seja, as lutas na Bahia foram fundamentais para Independência do Brasil. Por isso, só tenho uma coisa a dizer: Aprova logo Dilma.


quarta-feira, 8 de maio de 2013

ABUSO DE PODER


Gritos de protesto, barulho de apitos, cartazes. Jovens realizam manifestação em busca dos seus direitos e paralisam o trânsito, causando congestionamento de veículos. No meio da confusão dois profissionais se destacam. De um lado a repórter com sua máquina fotográfica. Do outro, o policial militar e sua farda. Ambos exercendo suas respectivas funções.

Desde o princípio da manifestação, a repórter já estava presente. Fora avisada antecipadamente dos planos dos jovens. Entrevistou alguns dos manifestantes e quando eles de fato começaram a protestar, tirou a máquina fotográfica da bolsa e passou a registrar os acontecimentos.

Aos poucos os jovens foram interferindo no trânsito, impedindo que os veículos seguissem caminho. A viatura da polícia chega ao local e orienta carros, motos e ônibus, para melhorar o congestionamento. Conversam com os estudantes e, por se tratar de uma manifestação pacífica, permitem que eles prossigam durante mais algum tempo com o protesto.

Com o olhar direcionado para suas fotografias, a repórter busca os melhores ângulos para narrar, através das imagens, os fatos ocorridos. Tenta fotografar a viatura com os estudantes ao fundo, de modo a ilustrar a presença da polícia; um carro que segue seu caminho com a ajuda dos policiais; um soldado de costas, focando apenas no fundo do colete onde está escrito “polícia militar”... mas, é impedida de prosseguir com seu trabalho.

- Apague agora! – diz o policial para a repórter. – Vamos, apague! Não é para ficar tirando foto da polícia, não! – repete, de forma grosseira.

Foto: Ilustrativa (Reprodução)
Assustada com a reação do policial, a repórter segura seu crachá e a máquina fotográfica, tentando mostrar sua profissão, e como o trabalho que realizava não estava expondo nenhum dos policiais que participavam da operação.

- Mas a foto ... – tenta explicar.
- Não, apague! – repete o policial, levantando o seu tom de voz.

Tenta completar suas frases, explicando suas intenções, sua profissão, seu trabalho, mas por diversas vezes não consegue falar mais do que três palavras. É interrompida, todas as vezes, por um policial que se mostra avesso a um diálogo pacífico e tenta impor sua vontade sem demonstrar respeito nem pela cidadã, nem pela jornalista que se encontrava à sua frente.

Alguns jovens manifestantes começam a interferir na discussão. Pedem para que a repórter obedeça às ordens do PM e apague a foto desfocada, onde pode-se ver apenas as costas de um policial, onde lê-se “polícia militar”. Dividida entre a luta pelos seus próprios direitos e os pedidos dos manifestantes, a repórter decide apagar a foto, não, sem antes, anotar o nome do soldado que a havia tratado de forma tão grosseira.

Desde criança, sempre fora uma garota tranquila e obediente. Também estava acostumada com a farda marrom, o colete pesado e o coturno, que, vez ou outra, ficavam espalhados pela casa depois que seu pai chegava do trabalho. Não só pela sua índole, bem como pela relação que sempre teve com os policiais através de sua própria família, ela sempre teve respeito e admiração por esses profissionais, responsáveis pela segurança dos cidadãos e ordem na sociedade. Não conhecia o abuso de autoridade frequentemente praticado pelos mesmos.

Naquele mesmo dia, em frente ao seu computador, escrevendo e editando fotos para a matéria, ela relembrava o que viveu durante a manifestação. Ainda estava com aquela sensação ruim, típica de pessoas que não gostam de participar de discussões. Mas, apesar da sensação, conhecia seus direitos e sabia que não estava errada em tentar manter um diálogo com o policial e explicá-lo sobre suas intenções, mesmo que depois apagasse a imagem.

Como repórter, ela tinha garantido seu direito à liberdade de imprensa. De acordo com o artigo 5º, inciso IX, da Constituição Federal, “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura ou licença”. E como cidadã, ela tinha garantido o direito de ser respeitada. Não era por causa de uma farda que outro cidadão poderia infringir seu direito.

Depois de digitar o ponto final, observou sua matéria. Não publicou nenhuma foto da polícia, apenas informou a presença e o trabalho realizado pela mesma. Também não pretendia fazer nenhuma queixa ao comandante, ao seu pai ou a quem quer que fosse. Talvez algum dia pudesse esclarecer o episódio com o soldado, do qual nunca se esquecerá o nome. Mas não valia a pena prolongar e expandir uma situação que já havia passado e tinha sido “resolvida”.

O que valeu a pena foi a experiência vivida, que fez com que ela aprendesse na prática alguns dos desafios da sua profissão. Para evitar discussões, algo que ela detesta, avisará ao comando da operação, na próxima vez que precisasse fotografar a atuação da polícia. Mas ela não irá abrir mão dos seus direitos. Afinal, se todos conhecessem seus próprios direitos e deveres, haveria menos abuso de poder.


segunda-feira, 6 de maio de 2013

BOLSA FAMÍLIA: NOVAS GERAÇÕES ATÉ QUANDO?


Um dos meios utilizados pelo jornalismo em sua missão de informar à sociedade o que for de seu interesse é a realização de levantamentos e pesquisas. Se aposta em assuntos que provavelmente têm uma notícia escondida, ou ações que imagina-se um resultado negativo passado algum tempo. São agrupados dados que podem se transformar em grandes reportagens, durante meses e até anos.

Uma dessas reportagens foi publicada neste domingo, 5 de maio, pelo Jornal O Globo(RJ), sendo escrita pelo jornalista Demétrio Weber. A capa do jornal destacava o fato de que 45% dos domicílios que recebiam o auxílio no início do programa, em 2003, continuam recebendo, totalizando mais de 522 mil benefícios mensais. A Bahia é o estado com a maior concentração de beneficiários desde o começo, mais de 83 mil. A reportagem ressalta que "não é possível afirmar se os 55% restantes que estavam na lista original dos beneficiários deixaram de vez o programa ou retornaram mais tarde". As saídas podem ter sido também por não cumprimento das exigências do programa, e também por filhos que completaram 18 anos.

Reprodução: O GLOBO
Um outro enfoque da matéria também me preocupou, tanto que motivou esse texto: "Jovens que cresceram em lares beneficiados têm filhos e passam a ganhar auxílio". Ou seja, o programa começou a torna-se um ciclo, onde um beneficiário do programa tem uma filha, que cresce e tem uma outra criança,  tornando-se outra beneficiaria.

Antes de qualquer coisa, é fundamental deixar de lado a visão preconceituosa de que o programa é uma Bolsa Esmola. Muitas pessoas estão vivas e em condição digna por conta disso. Pessoas que nunca tinham sido olhadas pelo país passaram a viver de modo um pouco melhor. Além disso, sabemos que aqueles que vivem apenas com o dinheiro do programa ainda passam dificuldades, o que faz com que muitos dos que recebem o auxílio corram atrás de ganhar dinheiro de outras formas, no trabalho informal.

Atualmente, segundo O Globo, cerca de 50 milhões de pessoas, de quase 14 milhões de famílias, recebem o auxílio. No início eram apenas pouco mais de um milhão de famílias. Um grande crescimento, num cenário onde o Bolsa Família, agora comprovadamente, não prepara as pessoas para deixarem o programa, tendo em vista a grande quantidade de famílias que nesses dez anos não foram preparadas a caminhar sozinhas.

Apesar de necessário, o Bolsa Família caminha num sentido de quem vai se eternizar, quando deveria ser um paliativo (por falar nisso, leiam também o texto "País dos Paliativos Eternos").  Prova disso são as eleições do ano passado, onde até mesmo pessoas que sempre foram contra o programa, diziam que iriam mantê-lo. Não num tom de reconhecimento da importância, e sim numa ação populista e eleitoreira, que perpetuará o programa durante anos, agradando uma população ignorante que não compreende que ela pode ir além disso, cobrando uma educação que lhe dê condições de possuir boa formação profissional, um emprego bacana e salário decente.

Na reportagem, o Secretário Nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Luis Henrique da Silva de Paiva, disse que o programa "contribui para que o público atendido caminhe com as próprias pernas, na medida em que exige a frequência escolar das crianças".

Será que frequência escolar virou sinônimo de qualidade na educação? Apesar das exceções, todos nós conhecemos exemplos de escolas públicas em péssimas condições, profissionais mal remunerados e sem boa preparação. Inclusa nessa frequência escolar estão até jovens que vão ao colégio se drogar, analfabetos funcionais e seres humanos que crescem sem preparação nenhuma para enfrentar as dificuldades impostas pela vida. Aliás, durante essa frequência escolar são geradas crianças que em breve serão beneficiadas pelo programa.

O cenário mostrado pela reportagem demonstra que esse programa, que poderia ser o grande rumo de uma mudança do Brasil, garantindo o sustento e a educação, vai num rumo de eternidade. Não existem metas de quando o projeto deseja reduzir drasticamente número de beneficiários, onde a grande maioria deles passe a viver de modo autossuficiente. Manter as pessoas apenas recebendo, por mais décadas gera votos e é do interesse de muitos. Não é à toa que essa reportagem só saiu após recursos do jornal que fizessem valer a Lei de Acesso à Informação. A divulgação desses dados é uma vitória da sociedade.

O jornal divulgou a publicação do impresso na internet, através de várias matérias. Confira os links abaixo:

Bolsa Família completa 10 anos e já chega à segunda geração

Lista de beneficiários do Bolsa Família foi obtida após recursos

Secretário afirma que programa não cria dependência

Mapa: concentração de beneficiários desde outubro de 2003

Perfil de pobreza muda em dez anos do programa Bolsa Família